Polícia localiza carro usado na execução de major da PM

A caminhonete Ecosport vermelha, utilizada pelos criminosos para executar o major PM Claudemir Gasparoto, foi localizada no início da manhã desta quarta-feira (19), numa cascalheira do bairro São Simão, na periferia de Várzea Grande.

A localização do carro foi feita pelo helicóptero da Polícia Militar, durante diligências na região. O veículo, que está com parte da lataria amassada, será periciado por técnicos do Instituto de Criminalística.

Gasparetto foi executado com quatro tiros, na noite de terça feira (18), na frente da sua casa, no bairro Planalto Ipiranga, na Cidade Industrial. Ele era segurança do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR).

Segundo policiais da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos, o Ecosport foi roubado na madrugada de segunda-feira (17), na Rua 13 de Junho, no Centro de Cuiabá, onde uma família inteira foi rendida por três homens. As vítimas não informaram que tipo de arma o bando estavam usado.

Além do carro, os ladrões roubaram também joias avaliadas em cerca de R$ 20 mil, um cofre com R$ 10 mil em dinheiro, além de quatro TVs de tela grande, quatro videogames e cinco noteboooks e outros pequenos produtos, que foram colocados em sacolas.

As vítimas acrescentaram que o assalto foi rápido e não foi possível fazer a descrição dos bandidos.

Os policiais levaram a descrição dos três que executaram o oficial da PM para saber se trata dos mesmos criminosos.

O crime

O major PM Claudemir Gasparoto, de 52 anos, foi vítima de pistolagem quando saía de sua residência para ir a uma igreja. 

Testemunhas disseram que uma Ecosport vermelha fechou o carro do militar, um Voayage de cor prata, por trás. Em seguida, três homens desceram atirando. 

O oficial da PM foi atingido por quatro tiros, sendo um no pescoço e os outros no dorso, tórax e braço. A execução ocorreu das 20 horas, em frente a sua residência.

Ferido em estado grave, Gasparoto foi levado em seu próprio carro pela filha ao Pronto-Socorro de Várzea Grande, mas morreu durante o trajeto.

Após os tiros, os criminosos fugiram em alta velocidade, em direção a região do Aeroporto Marechal Rondon, segundo testemunhas contaram à Polícia.

Vizinhos que viram a cena acreditavam se tratar de uma tentativa de roubo. Ao chegarem ao local, os policiais perceberam que se tratava de um crime de execução e que o militar não teve chance de defesa. 

A pistola que o major levava no carro, segundo a Polícia, estava travada, o que o teria impedido de reagir ao ataquer.

No local, peritos do Instituto de Criminalística apreenderam cápsulas de pistola ponto 40 e 765m. Os criminosos usaram também um revólver calibre 38. 

Armas ponto 40 são de uso exclusivo de policiais, em qualquer parte do país.

Crime planejado

Alguns detalhes execução do militar chamaram a atenção dos policiais que investigam o crime. Os indícios apontariam para um crime planejado em várias etapas, incluindo três tipos de arma, tiros em locais vitais e também o fato de os bandidos conhecerem a rotina das vítimas.

Conforme os policiais, a Ecosport fora roubada no dia anterior em Cuiabá e foi vista, minutos antes, estacionada numa esquina próxima ao local do crime. 

O major ligou e saiu de ré até a calçada, momento em que Ecosport se aproximou e o fechou por trás, impedindo que a vítima fugisse.

Em seguida, três dos quatro ocupantes do carro desceram e foram atirando contra Gasparoto. Três dos quatro tiros foram fatais – somente o tiro no braço é que não provocaria o óbito.

O militar iria para um igreja próxima. Esse itinerárioo era usado mais de uma vez por semana e os policiais acreditam que os pistoleiros sabiam a hora e o dia em que a vítima saía.

“Atacar uma pessoa quando ela sai de casa, a deixa mais vulnerável do que quando chega", observou um policial.

Ao Midianews, a delegada Sílvia Pauluzi informou que ainda vai conversar com familiares para saber se o major estava sendo ameaçado. 

A única certeza, segundo ela, é que se trata de um crime de pistolagem.

Fonte: Midia News