2013/04/12

O Blog do Noblat publicou nesta quinta-feira (11) o resumo da matéria do jornal O Globo sobre o caso.
O caso já está sendo investigado pelo Gaeco e configura-se um escândalo por pelo menos três fatos ou evidências graves que deixam o presidente da Assembleia em situação delicada:
1) Cheques “voam” apenas metaforicamente, é preciso explicar como esses cheques foram parar na mão do homem preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal. A história de achar cheques no chão da Assembleia mais do que um deboche contra a inteligência dos delegados e promotores pode servir como um bom indício;
2) Os cheques “antigos” estavam servindo como uma espécie de “caução” para negócios particulares escusos?
3) O preso é um velho conhecido do deputado, com o qual fazia negócios, particulares. 
 A matéria de O Globo começa com um erro sobre a localização exata do flagrante, que não foi feito em Mato Grosso, e sim em Minas Gerais, na região de Araxá:
“Em ação de rotina, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu na terça-feira à noite no porta-malas de um carro três cheques da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, no valor de R$ 58 mil cada, emitidos durante uma das primeiras gestões do atual presidente da Casa, o deputado estadual José Riva (PSD), que atualmente responde a mais de cem processos na Justiça. Numa mesma bolsa foram encontrados, ainda, R$ 790 mil em notas de R$ 100 e mais 50 mil euros (cerca de R$ 150 mil).
O velho conhecido de Riva é o indivíduo preso em flagrante pela PRF:
“Os cheques estavam no carro dirigido pelo pecuarista Alvimar de Araújo Costa e, apesar de não terem data, trazem a assinatura do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa, com menção à época em que ele era deputado e tinha o cargo de “ordenador de despesas” da Assembleia Legislativa”.
Os cheques da Assembleia: jornal carioca faz uma remissão de “antigos” escândalos:
“De acordo com Alvimar, os cheques seriam usados para comprar imóveis em Belo Horizonte. No passado, o Ministério Público descobriu que cheques da Assembleia eram usados para pagar serviços a empresas fantasmas, num desvio de verbas estimado em R$ 65 milhões. Empresas de factoring compravam os cheques das empresas e repassavam os valores a pessoas indicadas por deputados estaduais.
A defesa da Assembleia:
“A Assembleia Legislativa informou que não emite cheques há pelo menos dez anos, desde a descoberta do esquema. Em depoimento prestado à polícia, Alvimar disse ter encontrado os cheques no chão do estacionamento da Assembleia.
Riva reconhece que Alvimar é velho conhecido e parceiro comercial:
— Já fiz negócios com o seu Alvimar, comprei e vendi gado dele. Ele nunca prestou serviços para a Assembleia, já chequei na contabilidade e não sei porque esses cheques estavam com ele — disse Riva.
A investigação da Polícia Federal:
“Alvimar será investigado pela Polícia Federal pelo crime de lavagem de dinheiro. Outras três pessoas que estavam no carro no momento da abordagem também foram ouvidas e liberadas”.
A suspeita:
“O desvio milionário de recursos da Assembleia no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000 — um dos maiores esquemas de corrupção do Legislativo já descobertos no país — ainda pode estar gerando lucro para seus beneficiários, embora já tenha sido investigado pela Polícia Federal, denunciado pelo MP, e motivado condenações na Justiça por improbidade administrativa”.
(Com O Blog do Noblat e O Globo)

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