Quatro meninas, duas delas encapuzadas, são apontadas por agressão.
Polícia Civil disse que só vai se pronunciar quando elas forem identificadas.
A garota de 12 anos que disse ter sido espancada por ser negra perto de uma parada de ônibus da avenida Potiguar, no Recanto das Emas, no Distrito Federal, passou a morar com a tia-avó Marlene Pereira dos Santos, em Ceilândia, nesta semana. “Fiquei sabendo pela minha irmã e propus. Fiquei muito triste na hora. Perdi o chão”, afirma.A agressão ocorreu na manhã do dia 18, no trajeto para a escola dela. Acostumada a ir sozinha, a adolescente contou ter se confundido e pegado o coletivo errado. Ela desceu na terceira parada da via para trocar de ônibus, mas foi abordada por quatro garotas, duas delas encapuzadas. A menina disse que recebeu socos, arranhões e chutes.
"As meninas disseram que não aceitavam negras no beco delas. Minha filha falou que tudo bem, que já estava indo embora, mas elas responderam que, como ela estava lá, ela teria que pagar pelo que fez", afirmou na época a mãe, Márcia Pereira do Nascimento.
Segundo a tia, a adolescente também vai começar em uma nova escola na próxima semana. Ela divide o quarto com uma prima de 11 anos. “Elas se dão muito bem desde pequenininhas. Agora vão estudar juntas, no mesmo horário. O colégio é na porta de casa. Não as quero sozinhas”, afirmou.
Agressão
Enquanto as duas jovens encapuzadas imobilizavam a menina, as outras ofenderam a garota e a atingiram nos braços, pernas e barriga. A adolescente disse não ter ideia do tempo que passou sendo agredida e que escolheu não reagir por medo de que elas fossem ainda mais violentas.
O caso foi registrado na delegacia da região na noite de segunda. A Polícia Civil informou que não vai se pronunciar a respeito até que as agressoras sejam identificadas. Na terça, a garota passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) para confirmar as lesões. Depois, ainda mancando e reclamando de fortes dores, foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
"É muito ruim mesmo, uma dor que nem tem como descrever, você ver um filho passando por isso. Ela só chora", disse a mãe. "Ela veio me perguntar se eu a amo de verdade, do jeito que ela é. E eu a amo e a amaria sempre, mesmo se não tivesse as duas pernas."
Ganhando um salário mínimo por mês para sustentar os três filhos e um neto, Márcia disse que teme pelo equilíbrio emocional da garota. "Não tenho condição de pagar um psicólogo, porque tem dias que a gente não tem nem o que comer. Ela ficou muito abalada e ainda mais reservada. Ela nunca vai se recuperar."
Na última quarta-feira, o governo do Distrito Federal lançou um número de telefone para receber denúncias de racismo. Por meio do 156, a população vai poder denunciar agressões a negros.indígenas, ciganos e quilombolas.
Outro caso
A mãe de um menino de 8 anos registrou boletim de ocorrência no final de fevereiro alegando que o filho sofreu preconceito racial dentro da escola, no Núcleo Bandeirante. Uma colega de turma teria dito ao garoto que ele nunca arrumaria namorada por ser "preto, sujo, feio e fedido".
A coordenação do colégio afirmou ter conhecimento sobre o caso e disse não tolerar nenhum tipo de preconceito. O caso foi encaminhado para o Conselho Tutelar. Dados da Secretaria de Segurança Pública apontaram 31 registros de injúria racial em 2012 no DF.
Agressão
Enquanto as duas jovens encapuzadas imobilizavam a menina, as outras ofenderam a garota e a atingiram nos braços, pernas e barriga. A adolescente disse não ter ideia do tempo que passou sendo agredida e que escolheu não reagir por medo de que elas fossem ainda mais violentas.
O caso foi registrado na delegacia da região na noite de segunda. A Polícia Civil informou que não vai se pronunciar a respeito até que as agressoras sejam identificadas. Na terça, a garota passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) para confirmar as lesões. Depois, ainda mancando e reclamando de fortes dores, foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
"É muito ruim mesmo, uma dor que nem tem como descrever, você ver um filho passando por isso. Ela só chora", disse a mãe. "Ela veio me perguntar se eu a amo de verdade, do jeito que ela é. E eu a amo e a amaria sempre, mesmo se não tivesse as duas pernas."
Ganhando um salário mínimo por mês para sustentar os três filhos e um neto, Márcia disse que teme pelo equilíbrio emocional da garota. "Não tenho condição de pagar um psicólogo, porque tem dias que a gente não tem nem o que comer. Ela ficou muito abalada e ainda mais reservada. Ela nunca vai se recuperar."
Na última quarta-feira, o governo do Distrito Federal lançou um número de telefone para receber denúncias de racismo. Por meio do 156, a população vai poder denunciar agressões a negros.indígenas, ciganos e quilombolas.
Outro caso
A mãe de um menino de 8 anos registrou boletim de ocorrência no final de fevereiro alegando que o filho sofreu preconceito racial dentro da escola, no Núcleo Bandeirante. Uma colega de turma teria dito ao garoto que ele nunca arrumaria namorada por ser "preto, sujo, feio e fedido".
A coordenação do colégio afirmou ter conhecimento sobre o caso e disse não tolerar nenhum tipo de preconceito. O caso foi encaminhado para o Conselho Tutelar. Dados da Secretaria de Segurança Pública apontaram 31 registros de injúria racial em 2012 no DF.
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