2013/02/01

Juiz nega liminar e adolescente morre por falta de UTI

O juiz, Wendel Karielli Guedes Simplício, é criticado pela decisão, inédita no município. 
 O fato...

Natália Ferreira da Silva, 13 anos, morreu na tarde da ultima quarta feira, no Hospital Regional Albert Sabin, em Alta Floresta, onde estava internada desde a ultima sexta feira, depois de não suportar a espera por uma vaga de UTI no estado. 

A luta pela vida...

Como de costume, a família da garota pediu apoio à um vereador para que a justiça obrigasse o estado a providenciar uma vaga. O ministério Público foi procurado e atendeu a família durante a madrugada, por se tratar de uma situação de urgência. O promotor encaminhou à segunda vara da Infância e Juventude, do Fórum da Comarca, um pedido de liminar para que o estado fosse obrigado à providenciar a vaga.

A decisão...

Eis que aí veio uma decisão inesperada e inédita, na história do município! O juiz Wendel Karielli Guedes Simplício, recém chegado no município, negou o pedido em sua decisão, contrariando as decisões judiciais anteriores, expedidas pela Justiça, por outros juízes, que sempre consideraram imprescindível, determinar a providência de uma vaga de UTI.

A decisão, que saiu na ultima terça feira, surpreendeu familiares, amigos e o vereador que denuncia a atitude do juiz, “não vou dizer que ela iria sobreviver, mas nós tínhamos tirado ela à tempo de tentar salvá-la” disse Bernardo Patrício, que enalteceu o atendimento do Hospital e do Ministério Público, que colaboraram para a luta da família, trabalhando até de madrugada.

Na decisão, o Juiz conclui que, a multiplicação de decisões judiciais, “tem o potencial de desconstruir todo o planejamento realizado pelo ente público e a implementação de sua política de saúde” escreveu Wendel Karielli Guedes Simplício, em sua decisão polêmica.
O magistrado também considerou na decisão que, o estado “tem melhores condições de gerir seus limitados recursos”. 

O Outro lado...

Procurado pelo Clique Noticias, o juiz diz lamentar a morte da adolescente, mas que o fato não muda sua concepção no âmbito jurídico, já que não se pode admitir que poucos com conhecimento vivam, à base de luta judicial para garantir o que é um direito, enquanto a maioria morre à mingua, por desconhecer os trâmites por vias judiciais.

Amigos e familiares rebatem, dizendo que todos os casos semelhantes no município, as famílias já são orientadas pelo próprio hospital, à procurar a justiça e recebem apoio por parte de representantes políticos.

Há segundo informações, outro pedido semelhante, solicitado pela família de outra criança, que também foi negado pelo magistrado. O juiz, apesar de atender à nossa reportagem, não quis gravar entrevista.

Oliveira Dias/Da Redação

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.

Featured post