Operação da PF pega barões do pó
e lavagem de dinheiro em MT e outros 9 estados
Foto Por: Divulgação PF |
A quadrilha utilizava de aviões para transportar a cocaína adquirida no Peru e na Bolívia para a Europa, utilizando o estado do Mato Grosso como entreposto.
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (6/7) as operações Catrapo e The Fallen, para desarticular organização criminosa responsável por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e contrabando. O grupo tinha como líder um ex-major da polícia militar do Mato Grosso do Sul, preso no último mês, em ação de cooperação policial internacional.
A Operação Catrapo cumpre 28 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão temporária - expedidos pela 5ª Seção Judiciária do Mato Grosso - nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Pará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Paraná, Rondônia e Tocantins. Em Mato Grosso os mandados são cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Poconé e Aripuanã.
Durante as investigações, foi identificado que a organização criminosa se utilizava de aviões para transportar a cocaína adquirida no Peru e na Bolívia para a Europa, utilizando o estado do Mato Grosso como entreposto. A Polícia Federal interceptou duas toneladas de cocaína e identificou R$ 40 milhões em patrimônio durante a apuração.
Já a Operação The Fallen cumpre 21 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal em Pernambuco, nos estados de Pernambuco, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Bahia.
As investigações tiveram início em 2020, após a importação suspeita de peças de aeronaves portuguesas por uma empresa de Recife/PE, que as introduziu no Brasil pelo porto de Itajaí/SC. Após apurações conjuntas entre a PF, a Receita Federal e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), foi constatado um esquema de contrabando de peças de aeronaves para o país para a utilização por narcotraficantes em atuação na fronteira.
Apura-se, ainda, a estratégia de
lavagem de dinheiro montada pelo grupo criminoso, que se utilizava de empresas
de fachada para movimentar valores no território nacional. Além disso, eram
usadas empresas com sede no exterior para viabilizar a compra de aeronaves fora
do Brasil, as quais serviam à organização criminosa investigada e também eram
cedidas para outros grupos criminosos.
ASSESSORIA/ PF
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