A idosa de 61 anos que foi
encontrada acorrentada na passarela de acesso ao Terminal Alvorada do BRT, na
Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, admitiu que mentiu sobre a informação de
que seu ex-marido a teria prendido no local. O caso aconteceu na manhã desta
quarta-feira, dia 24. Após a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de
Jacarepaguá iniciar as investigações e procurar o suposto agressor, que estaria
foragido, os agentes recolheram as câmeras de do circuito de segurança do BRT
que registraram o fato.
Em posse dos vídeos, a polícia
chamou a suposta vítima para prestar um novo depoimento. Ao assistir as
imagens, a idosa confessou que forjou o cárcere. Na delegacia, a suposta vítima
declarou que agiu em um ato de desespero e que foi um pedido de socorro. A
idosa explicou que está passando por grande crise financeira e emocional e que,
inclusive, com pensamento de tirar a própria vida.
Após os esclarecimentos dos
fatos, os investigadores da Deam entraram em contato com Centro de Referência
do município a fim de incluí-la no programa de assistência social um dos vieses
da Lei Maria da Penha.
O caso
Na manhã de quarta-feira, a
mulher de 61 anos foi encontrada acorrentada por uma senhora que passava na
passarela do Terminal BRT Alvorada, na Avenida Ayrton Senna, no acesso aos
ônibus urbanos. Ela chamou o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar após a
suposta vítima pedir ajuda e informar que o ex-marido a tinha prendido lá. Ela
estava acorrentada com uma correia grossa e um cadeado.
Os Bombeiros foram acionados por
volta das 8h54 e quebraram o cadeado para libertar a mulher. Ela estava sem
ferimentos e não precisou de atendimento médico. O caso foi encaminhado
inicialmente para 16ªDP (Barra da Tijuca) e, posteriormente, para a Delegacia
de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, que ouviu a vítima e deu início
às investigações. O suposto autor, até então, não tinha sido localizado e era
considerado foragido.
À delegada Giselle do Espírito
Santo, titular da Deam de Jacarepaguá, a idosa não soube dar detalhes de como
tudo acontecido e disse que não via o ex-marido há anos. Muito abalada, ela só
informou que eles estavam separados há anos, mas não explicou como eles se
reencontraram. Ela chegou a afirmar que foi agredida verbalmente pelo suposto
agressor, que a teria acorrentado e deixado o local em seguida.
Ainda em depoimento, a idosa
contou que já tinha sofrido violência doméstica quando tinha um relacionamento
com o suposto agressor e que era mãe de um menino com epilepsia. Na noite
anterior ao suposto crime, o rapaz teve uma forte crise, o que deixou a idosa
ainda mais abalada.
Extra.globo.
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