A pandemia do Covid-19 que
atingiu em cheio a população mundial e praticamente todas empresas públicas e
privadas. A partir daí, fomos obrigados a repensar as formas de trabalho e o
relacionamento com clientes. Investir em tecnologia e cibersegurança voltou a
ser palavra de ordem já que a forma de trabalhar também mudou.
Tecnologias como desktops
virtuais, telemedicina, teletrabalho ganharam projeção. A pergunta é: pessoas e
empresas estão prontas para crescer e evoluir ao invés de sucumbir a este
momento tão novo e difícil pra todos nós? Estamos prontos para proteger nossas
informações? E as empresas, estão preparadas para garantir segurança e
confiabilidade às informações e dados de seus clientes?
Seja qual for a resposta, fique
tranquilo: existem soluções para todos esses problemas. A tecnologia evoluiu e
hoje já é possível, por exemplo, guardar todas estas informações em nuvens
digitais, sabia? A Cloud, por exemplo, é uma ferramenta que reduz custos com datacenters,
otimiza o uso dos recursos e aumenta a produtividade das organizações. De
acordo a IDC Consultoria, sua versão pública, oferecida pelas empresas Google
Cloud, Microsoft Azure e AWS deve crescer aproximadamente 35% por ano no
Brasil.
Se você já a utiliza ou ficou
interessado e conhecer este produto, atenção: erros de configuração são
responsáveis por vários incidentes, como vazamento de informações. Por isso, o
monitoramento constante de atividades maliciosas é imprescindível. Portanto,
invista também em Centros de Operação e Monitoramento de Segurança da
Informação.
Por conta do isolamento social
decretado pelo poder público em todo o mundo, diversas empresas tiveram que
adaptar suas rotinas adotando o sistema home office, onde o colaborador trabalha
em casa. Outras optaram pelo Bring Your Own Device (BYOD) permitindo que seus
funcionários utilizem seus próprios dispositivos para trabalhar. Há ainda,
aquelas que escolheram como ferramenta o desktop virtual onde o colaborador
acessa de qualquer lugar as telas de trabalho dos terminais que utilizam nas
empresas.
Todas ferramentas importantes e
úteis, mas que precisam ser monitoradas afim de se combater ataques criminosos
virtuais, o trabalho sujo feito por hackers. Portanto, nada mais necessário neste
momento que ter à mão tecnologias capazes de checar as vulnerabilidades destes
dispositivos e ambientes a fim de mitigar toda e qualquer possibilidade de
invasão de dados.
A Internet das Coisas (IoT, na
sigla em inglês) promete ser a nova grande fonte de inovação do mundo. Em um
futuro bem próximo, dispositivos como máquinas industriais, carros e até
eletrodomésticos estarão conectados, gerando milhões de dados. No Brasil, a
tecnologia chega a passo lentos, mas alguns setores já exploram a IOT com
destaque para aplicações em agronegócio, saúde e prestação de serviços
públicos.
O problema, mais uma vez, é que
estes dispositivos já são alvo de invasões cibercriminosas. Por isso, volto a
frisar a necessidade de proteção de dados através da adoção de plataformas de
segurança e de sua adequada configuração e monitoramento. A proteção através do
Firewall sempre foi e continua sendo fundamental. Pois permite determinar a
quais redes cada dispositivo terá acesso, bem como filtrar o tráfego de dados
em busca de ameaças.
Pra finalizar este artigo, quero
lembrar que em janeiro de 2021 entra em vigor no país a Lei Geral de Proteção
de Dados (LGPD). Ela responsabiliza as empresas que atuam no Brasil pela
proteção e tratamento correto dos dados dos clientes que estiverem sob sua
custódia. Determina ainda, que em caso de má conduta, as infratoras sejam
multadas e até 2% do faturamento bruto ou R$ 50 milhões por infração, levando
em conta a maior soma.
Mesmo assim, por mais incrível
que pareça, o investimento em segurança de dados no Brasil, seja por empresas
públicas ou privadas, é ínfimo. Não percam tempo, empreendedores: ativem já
sistemas de back-up com testes de restore, invistam em criptografia, façam a
gestão de acessos privilegiados com responsabilidade e invistam maciçamente em
segurança da informação. A blindagem de dados não pode ser tratada como custo,
mas como investimento!
*José Masson Jr é analista de
sistemas, especialista em segurança de redes e diretor de empresas de TI em
Mato Grosso. E-mail: jmjjose@hotmail.com.
Por José Masson Jr.
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