Foto: Rogério Florentino - Olhar Direto |
Os deputados Lúdio Cabral (PT),
Thiago Silva (MDB) e Eduardo Botelho (DEM) fizeram sustentação oral, durante o
pequeno expediente da sessão vespertina desta quarta-feira (1) contra o Governo
do Estado, solicitando que o chefe do Executivo não mande embora ou pague os
salários dos professores interinos do estado.
Segundo a denúncia levantada pelo
deputado petista, são mais de 6 mil profissionais que estão sem receber desde
dezembro. Lúdio diz que o próprio governador disse que não iria renovar esses
contratos devido aos problemas financeiros que o Estado atravessa.
"A situação é totalmente
desrespeitosa. A Seduc disse que só teriam esse contrato renovado após a
pandemia acabar. São mais de 6 mil família sem salário e em estado de
desemparo. O governador precisa renovar esses contratos e pagar os
profissionais porque os professores não estão trabalhando porque não querem,
mas sim porque cumprem o isolamento social. Nesse momento, a visão do Governo é
estreita e desumana. Tem professor passando por necessidades devido esse não
pagamento", disse o deputado durante a sessão.
O deputado Thiago Silva disse
que, junto com a Comissão de Educação, irá até o governador Mauro Mendes para
saber o que de fato se passa nesse sentido. "Vamos tentar resolver sim.
Mas precisamos saber a situação. Vamos lá no Palácio junto com a Comissão e
pedir que o governador dê uma resposta a
esses profissionais", ponderou.
O também petista, deputado Valdir
Barranco, pede ajuda ao presidente Eduardo Botelho para que possam dialogar com
o governador sobre essa situação. "Na Assembleia Legislativa do Estado de
Mato Grosso já estamos na luta em defesa dos professores contratados pela rede
estadual e contamos com o apoio do presidente da Casa, deputado Botelho.
Governador, não é hora de rescindir contratos", disse Barranco.
Já o presidente da Casa, deputado
Eduardo Botelho, usou palavras duras e disse que está muito irritado com o
governador devido essa saída de não pagar ou não renovar o salário dos
profissionais.
"É muito desrespeitoso isso
tudo. Vou de perto falar com o governador para saber que negócio que está
acontecendo. Sou totalmente contra o Mauro Mendes, nesse período de pandemia,
com toda essa situação de calamidade, romper contrato com os profissionais da
Educação. Sou contra isso e eu vou bater duro em cima disso. E digo mais, se o Governo
fizer isso não pode exigir mais nada de ninguém. Ele está dando autoridade para
demitir e depois recontratar. Eu estou até irritado só de saber disso. E eu não
gosto de ficar irritado, mas tem cada coisa que tira a gente do sério",
completou o deputado.
Até o fechamento da matéria, a
Secretaria Estadual de Educação não se pronunciou sobre a decisão do governador
em romper contratos e não pagar salários desde dezembro aos profissionais.
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