Diretores de professores estariam acumulando funções por
falta de pessoal
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A educação pública sempre fez
parte das pautas de trabalho do deputado estadual Valdir Barranco (PT). O
parlamentar nunca se furtou em estar à frente das discussões em busca de
reformas prediais e estruturais, boas condições de trabalho para professores e
servidores, qualificação continuada, salários em dia, cumprimento das leis da
educação e garantia de todos os direitos dos estudantes e dos professores.
Nesta terça-feira (10) não foi
diferente. Logo pela manhã, Barranco esteve na Secretaria de Estado de Educação
(Seduc) acompanhando gestores e professores da Escola Estadual Valdemon Moraes
Coelho, do município de Campo Verde. A unidade que atende a 950 estudantes dos ensinos
fundamental e médio sofre com a carência de servidores. Segundo à direção,
apenas dois coordenadores trabalham em três turnos diários. Pior que isso,
apenas 5 servidores de apoio são responsáveis por garantir boas condições de
estudos para 35 turmas que lotam 15 salas de aula por turno.
“Na nossa escola professores e
gestores se unem aos cinco únicos colaboradores de apoio para dividir as
tarefas de limpeza, organização e merenda, além de dar aulas e gerir a parte
burocrática da unidade; um verdadeiro absurdo se levado em conta a demanda de
trabalho. Algumas de nós chegam às 7h e só deixam a escola por volta das 23h,
cinco dias por semana. Nossa escola nunca recebeu uma reforma geral por parte
do Estado e os poucos reparos foram feitos por força de mutirões entre
servidores, pais e alunos. Ou o Estado aloca mais um coordenador e um servidor
de apoio para nossa escola ou seremos obrigadas a parar por falta de condições
físicas e mentais para dar conta de tudo”, disse a diretora Eliane Nespoli.
A Secretária adjunta de Recursos
Humanos da Seduc, Daniela Sampaio, disse que "o enxugamento no quadro de
pessoal se deu por necessidade de redução da folha salarial do governo"
que, segundo ela, precisa se adequar a regras estipuladas pelo Ministério
Público Estadual.
“Esta escola contava com três
coordenadores e seis agentes de apoio até o ano passado, mas uma Portaria da
Seduc baixada no início do governo de Mauro Mendes reduziu o número de
servidores sem levar em conta as necessidades locais. Por conta disso, os
servidores estão acumulando funções, o que é proibido por lei.” “Conversamos
com o secretário executivo da Seduc, Alan Porto, que garantiu que irá avaliar a
situação e que nos dará uma resposta até o dia 20 de março. Vamos aguardar e se
nada for feito tomaremos outras mediadas”, declarou o deputado Valdir Barranco.
Robson Fraga
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