2019/06/26

Governador de MT diz a grevistas que lugar de professor não é em aeroporto, afirma professora

Professora postou foto em rede social  — Foto: Facebook/ Reprodução
Professora postou foto em rede social — Foto: Facebook/ Reprodução
A professora Sidiney Cardoso, que dá aula para crianças do ensino fundamental, na Escola Estadual Professor Edeli Mantovani, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, aproveitou e levantou o cartaz com a seguinte frase: 'Estamos em greve', ao se encontrar com o governador Mauro Mendes (DEM), nessa terça-feira (25), no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

Contudo, Sidiney ficou surpresa com o comentário do governador. "Carrego um cartaz sobre a greve e, quando o vi, peguei o cartaz e levantei. Daí pedimos para tirar foto com ele e ele perguntou o que estávamos fazendo ali e que aeroporto não era lugar de professor. Achei a fala preconceituosa", afirmou.

A assessoria do governo informou que Mauro Mendes está em São Paulo e, em nota, alegou que a conversa com as professoras foi amistosa. "Em conversa amistosa, descontraída e respeitosa com as grevistas, o governador perguntou para onde elas estavam indo viajar, já que estavam em greve. E ainda completou que quem está em greve deveria estar em um movimento ou em sala de aula e não no aeroporto", diz trecho da nota.

Ela estava com outras duas professoras e iriam embarcar para Curitiba, onde participam de um seminário sobre educação. No Paraná, os profissionais da educação também estão em greve.


Segundo a professora, o governador gravou um vídeo do celular dele, afirmando que aeroporto não era lugar de professor e que os professores deveriam estar trabalhando. "Não sei se ele vai postar esse vídeo em algum lugar", disse.

Reivindicações
Os profissionais da educação estão em greve desde o dia 27 de maio.

Eles cobram, entre outras reivindicações, o cumprimento da lei que prevê a dobra do poder de compra da categoria até 2023; a contratação dos aprovados no concurso e o cumprimento integral da lei 510/13 (7,69% mais inflação de 3,43%) mês de maio.

Os profissionais também reivindicam o pagamento dos restos a pagar da RGA de 2018 para assegurar Lei da Dobra do Poder de Compras dos profissionais da Educação; o recebimento do retroativo do parcelamento da RGA; fim do parcelamento salarial e a regularização dos salários, com os pagamentos, até o dia 10 do mês, de forma integral.

Por G1 MT

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