Sua conta do WhastsApp pode ser
clonada por criminosos para roubar dinheiro de amigos e parentes. De posse da
sua conta, criminosos se passam por você para pedir dinheiro a contatos
próximos. Recentemente, um golpe aplicado através da clonagem do aplicativo
WhatsApp se popularizou, atingindo até mesmo políticos brasileiros. Nesta
fraude, os criminosos utilizam uma conta replicada do aplicativo de mensagens
para pedir dinheiro aos contatos da vítima.
Entre os que acabaram tendo suas
contas de WhatsApp clonadas está o ex-presidente do Legislativo; vereador
Antonio Miranda, os criminosos tiveram acesso ao perfil da vítima no aplicativo
de mensagens e, se passando pelo político, passou a solicitar de seus contatos
transferências bancárias.
Outra forma de ação neste tipo de
golpe depende diretamente da participação da pessoa alvo. Nestes casos, a
ativação do aplicativo clonado depende de um código de autenticação, recebido
via sms no celular da vítima. Para ter acesso a esse código o autor do golpe
geralmente age de duas formas: ou obtém acesso físico ao smartphone da vítima e
assim verifica o código de autenticação ou entra em contato através de sms e
solicita que o usuário informe o código. Neste último caso, o criminoso
geralmente utiliza-se de artifícios para enganar a vítima, como dizer que o
usuário está participando de uma promoção ou que a informação é necessária para
uma investigação policial, entre outros.
Quando o WhatsApp é reinstalado
em um novo aparelho, todo o histórico de contatos e conversas são recuperados,
o que permite aos criminosos terem acesso à diversas informações pessoais sobre
a vítima, além de toda sua rede de contatos. Com posse destas informações, os
bandidos tem maior facilidade em identificar quem são os contatos com maior
probabilidade de cair no golpe e realizar as transferências.
Em muitos casos, os criminosos
pedem a pessoas próximas do usuário que teve o perfil clonado para realizarem
transferências e pagamentos alegando que não possuem mais saldo ou que já
atingiram o limite permitido pelo aplicativo do banco. Eles ainda solicitam
essas transferências como forma de empréstimo. Como acreditam estar falando com
um familiar ou amigo, as pessoas contactadas acabam caindo na conversa dos
criminosos e efetuando o repasse.
O professor Marcos Monteiro,
presidente da Associação de Peritos em Computação Forense (APECOF), explica que
o golpe tem início com aclonagem do chip da vítima através de um esquema que,
geralmente, envolve funcionários das operadoras de telefonia. E não através de
um software, como citado em recente boato divulgado em grupos de WhatsApp. Com
o chip clonado já instalado em um novo aparelho, os criminosos recuperam a
conta do WhatsApp da vítima e começam a se passar por ela.
As vítimas deste golpe podem
tomar algumas providências: ao perceber que o celular está sem serviço e o
aplicativo de WhatsApp não funciona, o usuário pode entrar em contato com a
operadora e solicitar que o chip seja desativado; pode ainda contratar um
perito especialista em crimes digitais para investigar o caso.
Para evitar ser vítima deste tipo
de golpe, o professor Marcos Monteiro recomenda que os usuários não repassem
informações pessoais a terceiros. "Sempre ache estranho alguém vir pedir
informações pessoais sobre algo que você sabe e sobre algo que você tem",
recomenda. Outra medida é ativar a verificação em duas etapas disponível nas
configurações do próprio WhatsApp. Com esta opção ativada, um número PIN
cadastrado será solicitado todas as vezes em que o aplicativo for reinstalado.
Ative a verificação em duas
etapas
Uma dica para não ter a sua conta
do "WhatsApp clonada" em outro dispositivo sem sua autorização e se
proteger de possíveis problemas é ativar a verificação de duas etapas. Dessa
forma, você define um PIN de 6 dígitos que precisa ser digitado toda vez que o
login for feito.
Para fazer isso, entre em Conta
> Verificação em duas etapas. Insira um PIN de sua escolha e um endereço de
e-mail para recuperar a conta caso você esqueça-o.
Obviamente, defina um PIN que
você não vai esquecer e não passe esse código para mais ninguém.
Fonte: O Repórter do Araguaia.
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