Suspeito confessou as agressões mas negou o estupro, alegando ser heterossexual — Foto: Polícia Civil-MT/ Assessoria |
Um homem de 34 anos foi preso
suspeito de espancar e estuprar um homossexual, de 30 anos, foi preso nesta
terça-feira (29), em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá. O crime, segundo a Polícia
Civil, que investiga o crime, foi motivado por homofobia, intolerância e ódio,
em uma espécie de "estupro corretivo" - prática criminosa que visa
exercer controle sob eventual comportamento social ou sexual da vítima.
A violência sexual é cometida,
normalmente, contra vítimas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transgêneros, sob pretexto de 'curar a homossexualidade'.
O crume foi cometido no dia 10
deste mês, no Distrito de Guariba, após uma confraternização, em que a vítima
foi desafiada a participar de um jogo de 'vira-vira' para ingestão de doses de
bebida alcoólica.
A suposta brincadeira foi
proposta pelo suspeito Fábio Modesto Santos, que, segundo a polícia, de forma
dissimulada não ingeriu a mesma quantidade de bebida que a vítima, já
planejando previamente deixá-la embriagada.
No decorrer da festa, o suspeito
passou a ofender a vítima, com frases de cunho homofóbico, ridicularizando a
forma de se expressar dela, e dizendo que não tolerava homossexuais e que
deveria “aprender a virar homem”.
Quando a vítima apresentava
sinais de embriaguez, o suspeito passou a oferecer repetidas vezes carona para
levá-la para casa e, durante o trajeto, não parou o veículo no local combinado
com a vítima e a levou contra a vontade até a casa dele.
Para que a vítima entrasse na
residência, afirmou que precisava entregar um pen drive e, quando estavam
dentro da casa, o suspeito trancou a portas e praticou o estupro, subjugando a
vítima, e a agredindo com socos e golpes com um capacete.
Com ferimentos e sangramentos, a
vítima saiu quase nua na rua gritando por socorro. Um morador o ajudou.
O caso foi denunciado à polícia,
que pediu a prisão preventiva do suspeito.
A polícia afirma que se trata de
um atentado a identidade de gênero, motivado por ódio, intolerância e
homofobia.
A prisão preventiva foi
determinada pela Justiça.
Na delegacia, Fábio confessou as
agressões físicas, mas negou o estupro. Ele afirmou que é heterossexual e que
jamais teria relação com um homossexual.
O exame pericial na vítima
confirmou as lesões corporais. Foram diversas escoriações e hematomas pelo
corpo, além de um corte de 4 centímetros na cabeça, causados por métodos de
tortura e asfixia. Outro laudo da perícia confirmou a ocorrência do sexo anal,
praticado mediante o emprego de violência, resultante em hemorragia.
De acordo com a polícia, Fábio
possui histórico criminal anterior por tráfico de drogas, associação criminosa
e tentativa de homicídio.
COLNIZA.
G1MT
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