2018/06/07

PM se emociona após ser esfaqueado 11 vezes

Vítima recebeu 11 facadas na frente a posto de combustíveis em Registro, no Vale do Ribeira. Crime aconteceu no último dia 24.

O que tinha tudo para ser uma tragédia acabou resultando em uma emocionante troca de gratidão na internet. Sobrevivente de um ataque no qual levou 11 facadas, em Registro, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo, o segurança Adriano Shimabukuro, de 39 anos, agradeceu nas redes sociais o resgate feito pelo sargento da Polícia Militar Toni de Ramos Costa. A publicação viralizou, comoveu internautas e o próprio policial.

O crime aconteceu na tarde do último dia 24, no bairro Vila Nova. Dono de uma empresa de segurança, Shimabukuro tentava abastecer o carro, em meio à greve dos caminhoneiros que afetou a Baixada Santista e o Vale do Ribeira por 11 dias. Foi quando o autor dos golpes o atropelou em frente a um posto de combustíveis.

"A esposa desse rapaz já trabalhou na minha empresa, mas não tinha vínculo. E ele guardou uma raiva de mim, achando que eu tinha me envolvido com ela, o que não é verdade", conta. O autor do crime o atropelou e, em seguida, o chamou para brigar.

"Ele abriu a porta do carro e me deu dois socos. Questionei ele sobre o motivo daquilo, e foi quando ele me deu a primeira facada, embaixo do braço, que quase atingiu meu pulmão. Caí, mas consegui imobilizá-lo", recorda.

"Ainda assim, ele acabou me golpeando outras dez vezes nas costas, atrás da orelha e na nuca. Quando vi o sangue, gritei para segurarem o cara. Achei que ia morrer. Mas ainda consegui segurar ele pelo pescoço, sem fazer força, e só soltei quando a polícia chegou", recorda.

O segurança lembra que assim que o largou, começou a se sentir fraco, por conta da perda de sangue. Foi quando o sargento Ramos, que estava em uma base móvel da Polícia Militar que entrava no posto, chegou ao local.

"Vi uma aglomeração de pessoas, e o rapaz estava todo ensanguentado, não conseguia respirar. Não sabíamos a gravidade. Foi quando pedi o resgate", recorda o policial.


Nese momento, ele abaixou para acalmar a vítima. "Como também sou pastor, fiz meu papel de cristão. Orei pela vida dele até chegar o resgate", conta. "Deus me disse que ele teria uma nova chance".

G1

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