O desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou o Habeas Corpus impetrado pela defesa de Valdeir Santana Françoso, preso pelo envolvimento no assassinato do policial militar Moshe Dayan Simão Kavesk.
O militar foi morto com vários tiros na cabeça pela esposa, Deise Ribeiro de Oliveira – suposta amante de Valdeir.
O pedido de soltura de Valdeir foi negado pelo desembargador no último dia (7) de março. O crime aconteceu em (4) de dezembro, Valdeir chegou a ser preso com Deise, porém foi solto por falta de provas.
Posteriormente, tanto o delegado quanto o Ministério Público entenderam, no decorrer das investigações, que Valdeir tinha participação no crime bárbaro, sendo a denúncia acatada pela Justiça, que expediu o mandado de prisão. Ele fugiu do Distrito União do Norte, porém foi preso em (12) de fevereiro.
Valdeir foi apontado como amante de Deise por uma das testemunhas do crime. A arma usada no crime, que era do policial, foi localizada em local indicado por Valdeir, uma casa em União do Norte.
A defesa, dentre outros pontos, salientou que não havia provas concretas de que Valdeir tenha participação no crime.
“Saliente-se que para a decretação da custódia preventiva do agente basta a existência de indícios de autoria delitiva, além dos demais requisitos, o que aparenta estar demonstrado no caso em tela. Além disso, conforme mencionado, a comprovação da efetiva participação ou não do paciente na ação delitiva será feita durante a persecução penal, haja vista a incompatibilidade da análise profunda dos elementos de convicção com esta ação constitucional”, acrescentou o desembargador ao negar o pedido da defesa.
Deise Ribeiro também está detida no presídio feminino Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, pelo assassinato. Foi ela que usou a arma do militar para executá-lo.
Ela chegou com ele em casa, por volta das 20h do dia (4) de dezembro. Moshe desceu da motocicleta e foi tirar a corrente do cachorro, quando foi executado com vários tiros na cabeça.
Deise tentou se safar do crime, afirmando que a situação teria sido um latocínio – roubo seguido de morte. Ela afirmou que o bandido levou sua corrente de ouro e celular.
Conforme as investigações, não havia sinais de que a mulher teve corrente arrancada do pescoço. O celular, que ela disse ter sido levado, foi encontrado no canto de um muro próximo ao local do crime.
Uma testemunha também afirmou que Deise tinha costume de guardar a arma do militar em sua bolsa.
Após a série de versões controversas, Deise foi presa em flagrante pelo crime.
Fonte: Folha Max
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