Prejuízo estimado é de mais de R$ 2 milhões, de acordo com o
MP. São 13 mandados de prisão e dez de busca e apreensão em Formosa, Posse e
Planaltina
Segundo a investigação, o grupo se apropriava de dinheiro
oriundo de dízimos, doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e
taxas de eventos como batismos e casamentos. O G1 tentou contato por telefone e
mensagem com a Diocese de Formosa, mas não recebeu retorno até a última
atualização desta reportagem.
As investigações começaram após denúncias de fiéis que
relataram desvios iniciados em 2015. Em dezembro de 2017, o bispo negou haver
irregularidades nas contas da Diocese de Formosa.
A ação, batizada de "Caifás", tem ao todo são 13
mandatos de prisão e dez de busca e apreensão em Formosa, Posse e Planaltina.
Além de residências e igrejas, um monsteiro também é alvo da investigação.
Segundo o promotor de Justiça Douglas Chegury, um dos
responsáveis pela operação, foram apreendidas caminhonetes da cúria em nomes de
terceiros, além de uma grande quantia de dinheiro em espécie, cujo valor ainda
não foi divulgado.
De acordo com o MP-GO, a suspeita é que a associação
criminosa atuava na cúria da Diocese da Igreja Católica de Formosa e outras
paróquias relacionadas a elas nas outras cidades. Participam da ação cerca de
dez promotores de Justiça, além das polícias Civil e Militar.
Mandados:
Formosa: nove de prisão e cinco de busca e apreensão
Posse: três de prisão e quatro de busca e apreensão
Planaltina: um de prisão e um de busca e apreensão
Denúncia
Em dezembro de 2017, fiéis denunciaram que as despesas da
casa episcopal de Formosa, onde o bispo mora, passaram de R$ 5 mil para R$ 35
mil desde que Dom José Ronaldo assumiu o posto, havia três anos.
“O que nós temos certeza é que as contas da cúria não
fecham. Então, nós queremos a abertura pública das contas da cúria [
administração da diocese] e dos gastos da casa episcopal”, disse uma fiel, que
preferiu não se identificar.
O grupo que contesta as contas informou que não recolheris o
dízimo até que as medidas sejam atendidas. A diocese disse na época que o custo
das 33 paróquias é de cerca de R$ 12 milhões por ano. Já a arrecadação, no
mesmo período, é de R$ 16 milhões. O restante é destinado ao fundo de cada
unidade.
Dom José Ronaldo alegou na época que não tocava no dinheiro
e que não houve o pedido, por parte do grupo, para a apresentação de contas.
“Não tem nada de impropriedade. Não toco nos repasses financeiros das paróquias
que são destinados à manutenção das necessidades da Diocese, casa do clero,
seminário, estrutura da cúria, funcionários, etc.”, declarou.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.