Com novas informações reveladas
pelo suspeito de matar, o menino Kauan Andrade, 9 anos, seis mergulhadores do
Corpo de Bombeiros retornaram ao Córrego Anhanduí, na tarde desta segunda-feira
(24), na altura da ponte localizada na Rua Barnabé Onório. A procura pelo corpo
da criança chegou ao 4º dia.
Quase um mês após o crime, o
corpo da vítima ainda não foi encontrado e na manhã desta segunda-feira (24) os
militares tinham voltado ao cruzamento entre as avenidas Thirson de Almeida e
Campestre, na altura do bairro Coophavila II, e percorreram cerca de 2
quilômetros nas margens do córrego, mas nada foi encontrado.
As equipes então fizeram uma
pausa nas buscas na espera de novas coordenadas. Segundo o tenente Vinicius
Barbosa do Corpo de Bombeiros, o delegado Paulo Sérgio Lauretto acionou
novamente a equipe, depois que o suspeito revelou informações sobre o local
onde o corpo teria sido jogado.
“Ele teria afirmado que jogou o
corpo entre a primeira ponte, onde as buscas ocorreram na sexta-feira, e a
segunda que é a do Pênfigo, porém, mais precisamente na segunda, por isso a
equipe retomou neste ponto”, disse.
Com o uso do bote inflável, os
mergulhadores devem fazer as buscas nos pontos de profundidade. As equipes
devem descer da Ponte do Pênfigo até a ponte do Imbirussu, trecho de 8 a 9 km.
Família acompanha
Uma das tias de Kauan, Irene
Andrade, de 42 anos, duas irmãs, duas primas e um cunhado acompanham as buscas.
"A mãe dele ainda está na delegacia, mas deve passar por aqui. Nossa
família está destruída, nós queremos justiça, para que ele não faça isso com outras
crianças", disse Irene.
Entenda
Kauan desapareceu da casa da
família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região
quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e
as investigações foram realizadas pela Depca (Delegacia Especializada de
Proteção à Criança e ao Adolescente). Foram mais de 20 dias sem notícias até o
último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.
Durante as investigações do
desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento
no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho
para a casa do pedófilo. A criança teria falecido enquanto era violentada.
Com Kauan inconsciente, não se
sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do
menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora
do dia 26 de junho.
O pedófilo suspeito de matar
Kauan nega as acusações, mas de acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, o
depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, na casa do
revendedor de celulares, não deixam dúvidas da autoria.
Na casa do homem, que também já
teria dado aulas de português em uma escola do Portal Caiobá, a polícia
encontrou sangue na cama, no chão e no porta-malas do carro, além de material
pornográfico no computado. Dois dos filmes apreendidos mostravam cenas com o
próprio suspeito.
Sobre o local onde o corpo foi
deixado, segundo a autoridade policial, o adolescente apresentou contradição.
Ele afirma que entrou no carro do pedófilo, com o corpo no porta-malas, mas que
não desceu do veículo para jogar o corpo. O criminoso teria ido sozinho às
margens do córrego e permanecido por aproximadamente 30 minutos.
Fonte: Midiamax
Por: Danielle Valentim e Clayton
Neves
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