A professora diz que uma mulher
fotografou o carro dela, identificando as placas, e a imagem tem sido divulgada
em redes sociais como se o veículo fosse da suposta loira que teria tentado
sequestrar crianças em Cuiabá e Várzea Grande.
A professora de 46 anos, H.A.
registrou om boletim de ocorrência e publicou um relato no Facebook, nos quais
afirma que está sendo vítima de uma falsa denúncia de que ela seria a
"loira misteriosa" que estaria tentando sequestrar crianças na região
metropolitana de Cuiabá. Segundo ela, uma foto de seu carro, um Prisma preto,
com a identificação da placa, circula pelas redes sociais com a acusação, que
tem gerado muita preocupação à ela e sua família, já que temem possíveis
agressões.
“Meu marido que fez o B.O porque
ficamos com medo, por causa daquele caso que aconteceu no Guarujá (SP), em que
uma mulher trabalhadora foi confundida com uma criminosa e apanhou de
populares”, disse a professora.
Na postagem no Facebook a
professora explica que a mulher que fez as fotos do carro dela também registrou
um boletim de ocorrência, relatando que ela teria tentado sequestrar uma
criança.
“Meu marido que fez o B.O porque
ficamos com medo, por causa daquele caso que aconteceu no Guarujá (SP), em que
uma mulher trabalhadora foi confundida com uma criminosa e apanhou de
populares”, disse a professora ao
Até a sexta-feira (21), todos os
casos denunciados foram investigados e descartados pela Gerência de Combate ao
Crime Organizado (GCCO) da Polícia Judiciária Civil.
No Facebook a professora publicou
o registro da ocorrência, com um relato em que diz estar insegura e preocupada
com a situação. Na publicação, ela pede ajuda dos amigos para que a defendam e
peçam que parem de publicar a falsa denúncia, que consta o carro dela como
sendo da suposta sequestradora.
“Estou com tanto medo que para
levar minha filha ao médico eu fui em outro carro. Porque sei lá, tem gente que
nem sabe da história direito, acredita em qualquer coisa, e não quer nem saber,
e quer fazer justiça com as próprias mãos”, disse.
"Quem puder me ajude a
divulgar. Eu não sou seuquestradora de crianças", concluiu H. na publicação,
em que diz ter uma carreira e uma família para cuidar.
Ao a professora disse que teve que mudar a
rotina dela e da família por medo de agressões que possam partir de pessoas que
não tenham conhecimento real do caso.
“Estou com tanto medo que para
levar minha filha ao médico eu fui em outro carro. Porque sei lá, tem gente que
nem sabe da história direito, acredita em qualquer coisa, e não quer nem saber, e quer fazer justiça
com as próprias mãos”, disse a vítima que soube da denúncia ao ser comunicada
por um investigador de polícia.
“Ele me ligou para saber dos
fatos, porque a placa do meu carro chegou até ele e eu fui lá para esclarecer
esta conversa toda”, concluiu H.
Virais ocasionaram denúncias
As investigações da Gerência de
Combate ao Crime Organizado (GCCO) apontam que notícias falsas da internet
(virais) geraram situação de pânico e contribuíram para as denúncias de
tentativas de sequestros de crianças na região metropolitana de Cuiabá, que
foram descartadas na última semana.
O delegado Diogo Santana,
responsável pelo caso, afirmou ao que
essas falsas informações atingiram mães, que passam por transtornos emocionais
e que tinham uma certa predisposição para alegar que o fato tivesse ocorrido.
CAMILA PAULINO
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