2017/07/23

Clientes acusam empresa de cerimonial de 'golpes' e acionam a Justiça

Cerimonial de festas é acusada de dar golpes em clientes
Dezenas de clientes entraram na justiça contra a empresária Rafaela Barcellos, proprietária de um bufê e cerimonial para casamentos, acusada de dar o golpe nestes clientes. Ela teria recebido pelo serviço e não ofertado conforme o contratado. O grupo de vítimas se reúne pelo Whatsapp e tenta alertar para que novos clientes não procurem os serviços da empresária, que atua há mais de 20 anos na região metropolitana.
Uma cliente que pediu para não ter o nome divulgado disse que contratou os serviços para seu casamento marcado para junho de 2016 e que a empresária fez apenas algumas reuniões após muita insistência.

Afirmou que teve que pagar duas vezes pelo dia do noivo e da noiva, pois a cerimonialista não pagou os fornecedores. Além disso, a empresária teria ofertado os serviços de bufê, bebidas e decoração muito diferentes do que o contratado.

As fotos e filmagens do evento também não foram disponibilizadas para a cliente. “Não recebi serviço a contento de cerimonial, nem antes nem durante, nem após o evento. Tive problemas para ela cumprir com os doces da festa, que foram contratados em quantidade menor do que o necessário para a quantidade de convidados conforme pactuado em contrato”, lembrou.

Ela acionou a justiça com pedido de indenização por danos morais, mas ainda não obteve decisão. Em outro caso, ocorrido no ano passado, a cliente Tais Passos Borges conta que firmou contrato particular de prestação de serviços em janeiro de 2015 no valor total de R$ 29 mil parcelados em 15 vezes.

Explica que pagou em torno de R$ 11 mil pelos serviços, porém começou a ter problemas com a empresária. “Diante do não atendimento das diversas solicitações a relação está balançada, o cheque não foi devolvido para que pudesse dar baixa na restrição lançada em razão da devolução”, diz trecho do processo.

Ela pediu a restituição de R$ 8 mil em tutela de urgência, que foi negada pela Justiça. Uma audiência de conciliação foi marcada para fevereiro, porém, a empresária se negou a fazer o acordo.

Em outro caso, Álvaro José Camargo da Silva e Silvia Azevedo acionaram a justiça com o pedido de bloqueio da quantia de R$ 45 mil, pois apesar de cumprirem com todos os pagamentos, a empresária deixou de atender os telefonemas e não efetuou nenhum tipo de contato com os mesmos.

O casal lembra que em junho de 2015 firmou contrato de prestação de serviços para a realização do casamento em um valor de R$ 42 mil. Diz que após inúmeras tentativas, foi surpreendido com a informação de que a empresa iria rescindir o contrato e realizaria a devolução de apenas R$ 17.4 mil.

“Mesmo realizando os pagamentos de sua competência, a requerida rescindiu unilateralmente o contrato, informando a devolução de 40% dos valores pagos”, afirmam eles em trecho do processo.

A Justiça deferiu parcialmente o pedido e determinou que a empresária depositasse R$ 29 mil em um prazo de 5 dias, bem como designou audiência de conciliação para março. No entanto, ainda não houve acordo. O Gazeta Digital ao fazer uma busca processual no site do Tribunal de Justiça de Mato Grosso encontrou vários outros processos movidos contra a empresa.


Outro lado - A reportagem entrou em contato pelo telefone fixo da empresa, porém não obteve êxito.


Karine Miranda, repórter do GD

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