Cerimonial de festas é acusada de
dar golpes em clientes
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Dezenas de clientes entraram na
justiça contra a empresária Rafaela Barcellos, proprietária de um bufê e
cerimonial para casamentos, acusada de dar o golpe nestes clientes. Ela teria
recebido pelo serviço e não ofertado conforme o contratado. O grupo de vítimas
se reúne pelo Whatsapp e tenta alertar para que novos clientes não procurem os
serviços da empresária, que atua há mais de 20 anos na região metropolitana.
Uma cliente que pediu para não
ter o nome divulgado disse que contratou os serviços para seu casamento marcado
para junho de 2016 e que a empresária fez apenas algumas reuniões após muita
insistência.
Afirmou que teve que pagar duas
vezes pelo dia do noivo e da noiva, pois a cerimonialista não pagou os
fornecedores. Além disso, a empresária teria ofertado os serviços de bufê,
bebidas e decoração muito diferentes do que o contratado.
As fotos e filmagens do evento
também não foram disponibilizadas para a cliente. “Não recebi serviço a
contento de cerimonial, nem antes nem durante, nem após o evento. Tive
problemas para ela cumprir com os doces da festa, que foram contratados em
quantidade menor do que o necessário para a quantidade de convidados conforme
pactuado em contrato”, lembrou.
Ela acionou a justiça com pedido
de indenização por danos morais, mas ainda não obteve decisão. Em outro caso,
ocorrido no ano passado, a cliente Tais Passos Borges conta que firmou contrato
particular de prestação de serviços em janeiro de 2015 no valor total de R$ 29
mil parcelados em 15 vezes.
Explica que pagou em torno de R$
11 mil pelos serviços, porém começou a ter problemas com a empresária. “Diante
do não atendimento das diversas solicitações a relação está balançada, o cheque
não foi devolvido para que pudesse dar baixa na restrição lançada em razão da
devolução”, diz trecho do processo.
Ela pediu a restituição de R$ 8
mil em tutela de urgência, que foi negada pela Justiça. Uma audiência de
conciliação foi marcada para fevereiro, porém, a empresária se negou a fazer o
acordo.
Em outro caso, Álvaro José
Camargo da Silva e Silvia Azevedo acionaram a justiça com o pedido de bloqueio
da quantia de R$ 45 mil, pois apesar de cumprirem com todos os pagamentos, a
empresária deixou de atender os telefonemas e não efetuou nenhum tipo de
contato com os mesmos.
O casal lembra que em junho de
2015 firmou contrato de prestação de serviços para a realização do casamento em
um valor de R$ 42 mil. Diz que após inúmeras tentativas, foi surpreendido com a
informação de que a empresa iria rescindir o contrato e realizaria a devolução
de apenas R$ 17.4 mil.
“Mesmo realizando os pagamentos
de sua competência, a requerida rescindiu unilateralmente o contrato,
informando a devolução de 40% dos valores pagos”, afirmam eles em trecho do
processo.
A Justiça deferiu parcialmente o
pedido e determinou que a empresária depositasse R$ 29 mil em um prazo de 5
dias, bem como designou audiência de conciliação para março. No entanto, ainda
não houve acordo. O Gazeta Digital ao fazer uma busca processual no site do
Tribunal de Justiça de Mato Grosso encontrou vários outros processos movidos
contra a empresa.
Outro lado - A reportagem entrou
em contato pelo telefone fixo da empresa, porém não obteve êxito.
Karine Miranda, repórter do GD
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