Polícia abriu inquérito para apurar se houve erro na aplicação de agrotóxico.
Criança passou por três hospitais e morreu na última segunda-feira (15).Polícia abriu inquérito para apurar morte de criança que
comeu couve da horta dos avós. (Foto: Arquivo pessoal)
Um menino de sete anos morreu depois de comer uma couve que estava contaminada com agrotóxicos, em uma fazenda de Porto dos Gaúchos, a 644 km de Cuiabá, onde morava com os avós. Após passar mal, a criança foi levada ao hospital e morreu na segunda-feira (15) em Tangará da Serra, a 242 km da capital.De acordo com a Polícia Civil, na sexta-feira (12), Antonny Gabriel da Silva teria comido uma porção de couve durante o almoço com a família. A hortaliça era cultivada em uma horta da fazenda. A suspeita da polícia é de que houve excesso na quantidade do agrotóxico ou aplicação incorreta do produto.
Os parentes de Antony informaram ao G1 que o menino teve cinco paradas cardiorrespiratórias entre domingo (14) e segunda-feira. O corpo da criança foi enterrado nesta terça-feira (16). A família, que não quis se identificar, afirmou que nunca teve problemas com o cultivo na horta e que vai aguardar o resultado dos exames feitos no corpo do menino.
“A princípio essa hortaliça estava envenenada. Ele deu entrada no hospital com sintomas de intoxicação causada por um agrotóxico que foi usado. Todos os familiares também passaram mal. Eu chamei técnicos para avaliarem essa horta e apurar a responsabilidade”, disse ao G1 o delegado Albertino Felix de Brito Júnior.
Atendimento
Segundo o médico que atendeu a família no Hospital Municipal de Porto dos Gaúchos, Ricardo Sanches Pereira, tanto a criança quanto os adultos apresentavam sintomas de intoxicação. Além da criança, a avó e o tio de Antony também passaram mal. A família relatou ao médico que há oito dias foi feita a aplicação de agrotóxico na couve.
“O menino piorou, teve vômito e outros sinais de intoxicação. Ele foi transferido para o hospital de Juara (690 km de Cuiabá) e atendido por uma pediatra. Depois precisou ser entubado e também transferido para uma UTI em Tangará da Serra”, comentou.
A avó e o tio do menino receberam alta e foram liberados do hospital. “O veneno, dependendo da concentração, pode variar de efeito conforme a pessoa. Possivelmente essa dose do veneno ficou mais tempo em contato com o organismo do menino e com isso ele absorveu mais que os adultos. Foi uma absorção tardia”, explicou o médico.
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