partir desta quinta-feira (23) caso não tenham suas reivindicações atendidas pelo governo federal. Nesta terça-feira (21), termina o prazo pedido pelo governo para tentar um entendimento com o setor de cargas e atender à principal reivindicação dos caminhoneiros: uma tabela de custo que possa embasar um preço mínimo para o transporte de mercadorias. Nesta quarta-feira, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, se reúne com representantes da categoria. O encontro está marcado para as 14h, na sede da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília.
Em Lucas do Rio Verde já começou a mobilização no mesmo local onde ocorreu a anterior. Nossa equipe passou pelo local e já se encontra montado o Stand para abrigar os caminhoneiros e uma quantidade de pneus vazios que serão utilizados para bloquear a BR-163.
Para o presidente do movimento em Lucas do Rio Verde, Gilson Baitaca, que já está em Brasilia, disse que por enquanto um grupo está se mobilizando e preparando o local caso a decisão seja negativa. "A proposta do governo deve sair amanhã a tarde e se não for favorável eles já estarão prontos para iniciar os bloqueios" disse Baitaca.
Caso não sejamos atendidos vamos paralisar novamente em todo o país. O movimento está muito bem articulado e mobilizado e desta vez não terá flexibilidade”
O coordenador da comissão externa da Câmara que acompanha o movimento de caminhoneiros, deputado Celso Maldaner (PMDB-SC), disse que ainda não há consenso sobre o tema. “O impasse que nós vamos ter no dia 22 é a reivindicação da tabela referencial de custos. Essa é a nossa grande preocupação. Grandes embarcadores e trades entendem que não pode haver uma tabela mínima”, disse Maldaner.
Para Ivar Schmidt, líder de um dos movimentos de caminhoneiros chamado Comando Nacional de Transporte, o problema é que muitos caminhoneiros dependem de uma tabela mínima para basear seus custos de frete.
"A principal reivindicação nossa é a criação do frete mínimo. É uma questão de sobrevivência para a categoria hoje. Em geral, o pessoal que trabalha com caminhão não tem um grau de instrução muito elevado, não sabe calcular o custo de transporte e acaba carregando por menos do que é o custo real. Por isso, a gente está exigindo essa tabela do frete mínimo, como se fosse um salário mínimo, para que garanta pelo menos a cobertura dos custos", disse Schmidt.
O movimento de caminhoneiros deve se encontrar com representantes do governo federal nesta terça-feira, na sede do Ministério dos Transportes. Em Brasília, são esperados mais de 200 líderes do movimento que reúne três setores: caminhoneiros independentes, pequenas transportadoras e grandes contratantes.
Lei dos Caminhoneiros
O deputado Celso Maldaner disse que os caminhoneiros estão satisfeitos com a regulamentação da nova lei que trata da jornada de trabalho da categoria (Lei 13.103/15). O governo regulamentou a lei na semana passada.
A lei foi alterada pela Câmara dos Deputados para atender demandas do movimento de caminhoneiros, principalmente a liberação para trabalhar com horas extras e chegar a uma jornada de 12 horas quando necessário. A nova lei também libera o pagamento de pedágio pelos eixos levantados, quando o caminhão estiver vazio.
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