A Polícia Rodoviária Federal confirmou, agora há pouco, que os índios desbloquearam a BR-163, no trecho entre Nova Santa Helena e Itaúba (cerca de 95 quilômetros de Sinop). “Saíram contrariados, mas de forma pacífica. Porém, disseram que permanecerão nas proximidades aguardando nova posição de Brasília”, apontou a assessoria
da PRF. Não houve nenhum tipo de confronto.
Uma equipe da Força Nacional, que foi convocada para auxiliar no desbloqueio da rodovia federal, permanecerá no local para monitorar a situação. Não foi informado por quanto tempo. A PRF, neste momento, está organizando o trânsito no local para a passagem de todos os veículos.
O governador Pedro Taques (PDT) se comprometeu a receber um grupo de índios, que estariam liderando o bloqueio na rodovia, e intermediar uma reunião entre eles e o Ministério da Justiça. Ainda não foi marcada a data deste encontro entre eles, que pode acontecer entre hoje ou amanhã ainda. O deputado federal Nilson Leitão (PSDB) disse que tentou intermediar um encontro do grupo com a Funai. Um documento foi protocolado no dia 20 do mês passado, antes do bloqueio, porém, até hoje, nenhuma resposta foi enviada.
A PRF informou, ontem, no final da noite, que o governo havia sinalizado que não atenderá a reivindicação dos manifestantes e exonerar a coordenadora de Saúde Indígena. O bloqueio começou na sexta-feira, houve alguns intervalos no sábado e domingo. Nesta segunda, os indígenas decidiram impedir a passagem de caminhões, carretas, ônibus e veículos por tempo indeterminado e já dura 48 horas ininterruptas.
Ontem à tarde, revoltados com o bloqueio indígena, os caminhoneiros e carreteiros bloquearam o acesso a um desvio por estradas em algumas fazendas que estava sendo usado por carros e caminhonetes, aumentando ainda mais a tensão no local. Uma fonte na PRF explicou, ao Só Notícias, que os motoristas se irritaram com a passagem dos veículos, uma vez que caminhões carregados não conseguiam. Eles resolveram trancar o acesso à estrada, como forma de protesto, e para forçar a liberação total da rodovia federal.
O protesto dos indígenas tem causado revolta e indignação para quem precisa trafegar na 163. Muitas empresas, caminhoneiros e carreteiros que dependem da entrega de produtos para receberem frete e centenas de profissionais liberais que precisam se deslocar de uma cidade para outra e desempenharem suas atividades estão tendo muitos prejuízos. Só ambulâncias estão passando. A PRF indicou, desde a semana passada, como rota alternativa uma rodovia estadual que passa pelos municípios de Marcelândia, Cláudia e Sinop e o acesso fica longe do ponto de bloqueio dos indígenas.
A falta de solução para o impasse também repercutiu, ontem à tarde, no Senado. Citando reportagem do Só Notícias, o senador José Antônio Medeiros (PPS) cobrou a resolução da interdição. Em discurso no Senado, comentou sobre transtornos e prejuízos causados pelo manifesto para milhares de pessoas, ressaltando que não é aceitável que questões banais impeçam o tráfego nas estradas, especialmente num país tão dependente do transporte rodoviário.
“Causa prejuízos imensos para o Estado de Mato Grosso e para o Brasil. Fica aqui o registro e espero que o Ministério da Justiça e a FUNAI se debrucem sobre o assunto para que a gente não precise ficar tratando de assuntos menores aqui”, criticou o parlamentar.
A assessoria informou que o senador Wellington Fagundes (PR) conversou ontem, no final da tarde, por telefone, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pedindo uma solução urgente para o desbloqueio da BR-163.
Além da exoneração da coordenadora, os índios também reclamam das obras de saneamento e postos de saúde inacabados, falta de remédios e profissionais, diminuição no número de viaturas, falta de infraestrutura nas bases de atendimento, ausência de combustíveis para carro, barco e avião, além de motores geradores e placas solares que utilizam para obter energia e conservar medicamentos e carência de horas de voo para urgências.
(Atualizada às 10h20 - fotos:assessoria)
da PRF. Não houve nenhum tipo de confronto.
Uma equipe da Força Nacional, que foi convocada para auxiliar no desbloqueio da rodovia federal, permanecerá no local para monitorar a situação. Não foi informado por quanto tempo. A PRF, neste momento, está organizando o trânsito no local para a passagem de todos os veículos.
O governador Pedro Taques (PDT) se comprometeu a receber um grupo de índios, que estariam liderando o bloqueio na rodovia, e intermediar uma reunião entre eles e o Ministério da Justiça. Ainda não foi marcada a data deste encontro entre eles, que pode acontecer entre hoje ou amanhã ainda. O deputado federal Nilson Leitão (PSDB) disse que tentou intermediar um encontro do grupo com a Funai. Um documento foi protocolado no dia 20 do mês passado, antes do bloqueio, porém, até hoje, nenhuma resposta foi enviada.
A PRF informou, ontem, no final da noite, que o governo havia sinalizado que não atenderá a reivindicação dos manifestantes e exonerar a coordenadora de Saúde Indígena. O bloqueio começou na sexta-feira, houve alguns intervalos no sábado e domingo. Nesta segunda, os indígenas decidiram impedir a passagem de caminhões, carretas, ônibus e veículos por tempo indeterminado e já dura 48 horas ininterruptas.
Ontem à tarde, revoltados com o bloqueio indígena, os caminhoneiros e carreteiros bloquearam o acesso a um desvio por estradas em algumas fazendas que estava sendo usado por carros e caminhonetes, aumentando ainda mais a tensão no local. Uma fonte na PRF explicou, ao Só Notícias, que os motoristas se irritaram com a passagem dos veículos, uma vez que caminhões carregados não conseguiam. Eles resolveram trancar o acesso à estrada, como forma de protesto, e para forçar a liberação total da rodovia federal.
O protesto dos indígenas tem causado revolta e indignação para quem precisa trafegar na 163. Muitas empresas, caminhoneiros e carreteiros que dependem da entrega de produtos para receberem frete e centenas de profissionais liberais que precisam se deslocar de uma cidade para outra e desempenharem suas atividades estão tendo muitos prejuízos. Só ambulâncias estão passando. A PRF indicou, desde a semana passada, como rota alternativa uma rodovia estadual que passa pelos municípios de Marcelândia, Cláudia e Sinop e o acesso fica longe do ponto de bloqueio dos indígenas.
A falta de solução para o impasse também repercutiu, ontem à tarde, no Senado. Citando reportagem do Só Notícias, o senador José Antônio Medeiros (PPS) cobrou a resolução da interdição. Em discurso no Senado, comentou sobre transtornos e prejuízos causados pelo manifesto para milhares de pessoas, ressaltando que não é aceitável que questões banais impeçam o tráfego nas estradas, especialmente num país tão dependente do transporte rodoviário.
“Causa prejuízos imensos para o Estado de Mato Grosso e para o Brasil. Fica aqui o registro e espero que o Ministério da Justiça e a FUNAI se debrucem sobre o assunto para que a gente não precise ficar tratando de assuntos menores aqui”, criticou o parlamentar.
A assessoria informou que o senador Wellington Fagundes (PR) conversou ontem, no final da tarde, por telefone, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pedindo uma solução urgente para o desbloqueio da BR-163.
Além da exoneração da coordenadora, os índios também reclamam das obras de saneamento e postos de saúde inacabados, falta de remédios e profissionais, diminuição no número de viaturas, falta de infraestrutura nas bases de atendimento, ausência de combustíveis para carro, barco e avião, além de motores geradores e placas solares que utilizam para obter energia e conservar medicamentos e carência de horas de voo para urgências.
(Atualizada às 10h20 - fotos:assessoria)
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