2014/11/13

Trio que matou quatro em sequestro de R$ 6 milhões é condenado a mais de 90 anos

Joaodavidonline.com 13 de novembro de 2.014, 06:30hs

O tribunal do júri condenou, nesta quarta-feira à noite, os três acusados de matarem um fazendeiro, o filho dele e dois funcionários, no município de Novo Mundo, no dia 17 de agosto de 2012, após um sequestro frustrado, cuja pedida de resgate fora de R$ 6 milhões. 

 

O julgamento ocorreu na terça e quarta-feira, na Câmara Municipal de Guarantã do Norte, e foi conduzido pelo juiz Darwin de Souza Pontes. Após o veredito do corpo de jurados, por volta das 23h, o magistrado sentenciou Rogério Pessoa Ferreira, de 30 anos (à época com 28), a 97 anos e um mês de reclusão. Ele foi o mentor do sequestro.

Já Jiovani da Silva Lima, atualmente com 20 anos, foi condenado a 93 anos e um mês de detenção. O terceiro comparsa, Joab da Silva Pontes, hoje com 21 anos, a 92 anos e um mês . Os três, que estão presos na penitenciária Ferrugem desde agosto daquele ano, poderão recorrer da sentença.

Sequestradores pediram R$ 6 mi a família de fazendeiro assassinado
Mentor de sequestro e quatro homicídios trabalhou na fazenda das vítimas 

O crime:

Segundo as acusações da promotoria, baseadas no inquérito policial, o trio sequestrou e matou o fazendeiro Antônio Afanaci Dias, de 60 anos, o filho dele Anderson de Lima Afanaci, 24, e os funcionários Wilson Silveira Santiago, 25, e Célio Soares da Silva, 33.

Consta do processo que Rogério, Jiovani e Joab invadiram a Fazenda Lima, na zona rural de Novo Mundo, assassinaram o vaqueiro Célio e em seguida, sequestraram Antônio, Anderson e Wilson. As vítimas foram transportadas na caminhonete do fazendeiro até a uma mata fechada, que fica cerca de seis quilômetros da fazenda. A caminhonete ficou na beira da estrada e foi incendiada. 

Os três foram levados para dentro da floresta, por cerca de dois quilômetros, onde foram assassinados de forma cruel, com as mãos amarradas para trás com fitas adesivas. Os bandidos executaram todos com tiros na nuca. O local onde os corpos estavam serviria de cativeiro para o sequestro. 

 
Segundo a polícia, durante o período em que as vítimas estiveram desaparecidas, os criminosos procuraram a família do fazendeiro, que também era proprietário de uma rede de supermercados de Novo Mundo, para pedir o dinheiro. De alguma forma, o trio sabia que o fazendeiro iria movimentar R$ 6 milhões naqueles dias e queriam receber a quantia como resgate. 

O contato com a família de Antônio foi feito via mensagem de texto pelo celular de Anderson. O serviço de inteligência da polícia conseguiu rastrear o aparelho e chegou até um dos acusados, que delatou os outros dois. Os bandidos foram descobertos depois de minuciosa investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil, com apoio de policiais civis de Guarantã do Norte, Polícia Militar de Novo Mundo, Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) e Rotam.

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