2014/11/17

Pai volta atrás e nega que seu filho apareça em vídeo do Estado Islâmico

Homem havia declarado que jihadista de vídeo se parecia com seu filho.
Ahmeda reação internacional

O pai que havia sugerido que seu filho britânico de 20 anos poderia figurar entre os jihadistas que aparecem no novo vídeo divulgado pelo Estado Islâmico, que mostra a cabeça decapitada do americano Peter Kassig, voltou atrás e afirmou à agência BBC que não se trata dele.
A gravação foi divulgada no último domingo. O EI reivindica a execução de Peter Kassig, sequestrado em 2013 na Síria, e de 18 soldados do exército nacional sírio.

Ahmed Muthana, de 57 anos, havia declarado ao jornal "The Daily Mail" que um dos jihadistas do vídeo da execução de Kassig e de 18 homens parecia ser seu filho, Nasser.
Contatado pela BBC, Muthana indicou, no entanto, que não era seu filho. "Não parece com ele, há muitas diferenças. Este tem um nariz maior, e meu filho tem um nariz chato", afirmou, vendo o vídeo.
Falando anteriormente ao britânico "Daily Mail", o pai deu declarações diferentes. "Não tenho certeza, mas parece ser meu filho", declarou Ahmed Muthana, 57 anos.

O britânico em questão seria Nasser Muthana, um estudante de medicina originário de Cardiff (Grã-Bretanha). O jornal britânico publicou fotos capturadas do vídeo mostrando seu rosto.
"Ele deve agora viver com medo de Deus por ter matado", afirmou o pai ao jornal. Indagado pelo jornal se estaria disposto a perdoar o filho pelo que fez, ele foi taxativo: "Não. Ou ele está louco ou há algo de errado".
O "Daily Mail" também cita Charlie Winter, um especialista do centro de pesquisas Quilliam, que confirma que o rapaz do vídeo se parece com Nasser Muthana.
Muthana teria ido para a Síria, onde se encontrou com seu irmão mais novo, Aseel, de 17 anos, segundo a BBC.
"Estou pronto para morrer", teria dito Aseel em uma entrevista oline com a rádio inglesa. Ele acrescentou que não se importava com o que a família e os amigos pensavam dele.
Também nesta segunda, o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, declarou que há uma forte probabilidade de que um cidadão francês tenha participado diretamente na decapitação dos prisioneiros sírios.

"Pode tratar-se de Maxime Hauchard, nascido em 1992, no noroeste da França, e que partiu para a Síria em agosto de 2013, depois de uma estada na Mauritânia, em 2012", indicou o ministro, baseando-se numa análise do vídeo. Muthana falou depois à BBC que não é seu filho.

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