2014/09/08

Cultura e irreverência

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02/09/2014
às 23:25 \ Cultura, Eleições, Esquerdismo, Mundo

PSB de Marina Silva é do Foro de São Paulo, entidade que deu abrigo e apoio político a organizações terroristas. Como ela pode pregar “soberania democrática” se seu partido conspirou contra isto, junto ao PT de Lula e Dilma? Qual candidato vai denunciar possível ilegalidade dos partidos?

Para quem não sabe, o PSB, o partido pelo qual Marina Silva é candidata à presidência da República, é um dos filiados ao Foro de São Paulo, como se pode ver no próprio site da entidade de esquerda criada por Lula e Fidel Castro em 1990 para conquistar o poder continental:
Foro PSB seta
Até a Wikipédia sabe disso, de modo que não é segredo para ninguém, a não ser para aquela parte da humanidade, acostumada a ser a última a saber das coisas, chamada povo brasileiro.
PSB Wikipédia Foro
Não vou explicar de novo o Foro de São Paulo, já que o resumo mais completo sobre a entidade, com uma porção de vídeos e confissões de seus próprios autores – incluindo o mensaleiro petista José Dirceu -, está aqui no blog e rende acessos todos os dias de pessoas que descobrem qual é o maior inimigo do Brasil, aquele que, aparentemente, está prestes a colocar no segundo turno das eleições duas candidatas SUAS, como se fosse uma mera disputa interna.
No debate do SBT, Marina Silva falou: “Quando eu entrei no PV [partido pelo qual ela disputou e perdeu as eleições em 2010], eu pedi que se fizesse uma cláusula de consciência em relação a alguns temas que eu pessoalmente não defendo, como, por exemplo, a questão do aborto.” Se Marina estabeleceu essas condições quando entrou no PV, um partido que faz parte de uma “corrente internacional” de defesa do aborto e da legalização das drogas, como confessou Eduardo Jorge, qual candidato vai questioná-la se ela fez o mesmo ao entrar no PSB em relação ao programa do Foro de São Paulo de avanço do socialismo na América Latina?
Como pode Marina pregar a “soberania democrática” em seu programa de governo se seu partido conspira há duas décadas contra tal coisa no Foro?
A maior ameaça perpretada pelo PT neste sentido foi baixar o decreto 8.243 – e não há de ser coincidência que Marina tenha apoiado esta barbaridade que disciplina a participação no governo federal brasileiro dos “movimentos sociais” controlados e financiados pelo PT, subordinando o povo e a gestão pública a uma falsa “sociedade civil” constituída pela “companheirada”, incluindo a turma do MST, movimento do qual Marina veste o boné, como uma autêntica petista de raiz.
Mas um candidato que se preze não deveria se limitar a cobrar-lhe explicações em público, nem a exigir uma auditoria daquela entidade que nunca deixou claro, como tantas vezes expôs Olavo de Carvalho, com que dinheiro organiza suas atividades. Se fosse ao contrário, o PT e seus testas-de-ferro do PSOL sempre dispostos a protocolar representações contra os inimigos políticos da esquerda certamente já teriam, também, entrado no Tribunal Superior Eleitoral com um pedido de impugnação das candidaturas de membros do Foro de São Paulo, já que, no artigo 28 do capítulo VI da Lei dos Partidos Políticos, o TSE determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fiquem provados os itens descritos na imagem abaixo:
Captura de Tela 2014-09-02 às 22.08.04
Eu não sei se a ilegalidade seria comprovada no final, mas entrar com pedidos assim, além de cobrar explicações e auditorias, é o que se espera de uma oposição de verdade, coisa que os amestrados do PSDB não constituem de maneira alguma, de modo que só alguém como o candidato Levy Fidelix, disposto a expor toda sorte de canalhices que lhe der na telha, poderia – e deverá – tomar esse tipo de atitude tão comum aos que hoje querem se garantir no poder.
Já passou da hora de expor ao povo brasileiro o show de cinismos e ilegalidades deste grande teatro esquerdista que são as disputas eleitorais no país. Um quarto mandato do Foro, com Marina, não é “alternativa à polarização” alguma. É apenas o resultado da crença cega de um povo em uma esquerda revolucionária que se divide para fingir que não é a mesma.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil

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