Fonte: Juína News
O Major Luis, Comandante do 20º batalhão da Polícia Militar de Juína, confirmou na manhã desta quarta-feira (14.05) a demissão do policial militar, Wagner Alves Evangelista, o soldado Alves, conhecido como Ceará, acusado de assassinar a tiros, o seu colega de farda, o soldado Fernando Márcio da Silva.O crime ocorreu no dia 16 de novembro de 2010, por volta das 22h15m, nas dependências do quartel da 11º CIPM do município de Colniza. Segundo o que foi apurado, o soldado Alves, de forma arquitetada, premeditou e executou o plano que culminou na morte do soldado Fernando, que se encontrava como antedente do 190 no dia dos fatos.
Utilizando-se de manobra ardil, fria e calculista, o soldado Alves planejou detalhadamente a ação criminosa ao solicitar que dois policiais militares deixassem a unidade policial, pois este figurava como comandante da guarnição, sendo assim, todos estavam de serviço no fatídico dia.
Foi neste intervalo que a vítima foi atingida por três tiros na cabeça e morreu no quartel. Após a consumação do homicídio, o soldado Alves, acionou friamente a guarnição, que se encontravam realizando policiamento ostensivo na cidade para deslocarem urgentemente a UPM, simulando uma invasão na unidade militar seguida de execução de um policial, inclusive supondo aos policiais entrada tática pelos fundos do quartel na intenção cega de encontrar o autor do crime.
Logo em seguida, para justificar sua ausência no exato momento do crime, o soldado Alves, ordenou seus companheiros a declararem que todos estavam juntos, pois alegava que no momento do crime se encontrava em relações amorosas com uma mulher, perante a delegacia de polícia todos confirmaram esta versão.
Foi constatado que o soldado Fernando estava armado, todavia sua pistola estava desmuniciada.
A situação se complicou ainda mais para o suspeito, testemunhas viram o soldado Alves indo em direção a UPM e minutos depois, retornando de modo apressado, segurando algo na cintura que aparentava ser uma arma de fogo, além de outras provas contundentes.
Após ouvirem testemunhas e instaurarem inquérito policial para investigar a morte de Fernando e si passarem quase quatro anos, a sentença condenatória da decisão do processo da justiça militar estadual foi divulgada, condenando Wagner Alves Evangelista, a pena privativa de liberdade de 15 anos e 9 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado e demissão da corporação.
Os dois soldados que estavam na guarnição no dia do crime, foram inocentados, porque foram forçados a mentirem nos primeiros depoimentos a polícia, para favorecer o acusado.
Os motivos do crime ainda não foram desvendados, mas comenta-se em um possível crime passional.
Foto: Rep. Juina News
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