2013/10/17

Descaso com estradas gera caos em comunidades do interior de MT

Foto: ReproduçãoPor Camila Ribeiro
Fotos: Reprodução
 
Na contramão do desenvolvimento, Mato Grosso parece caminhar a passos lentos quando o assunto é a infraestrutura de sua malha viária. Programas do governo do Estado como o MT 100% Equipado – orçado em R$ 241 milhões –, o MT Integrado – com custo total de R$ 1,5 bilhão –, entre outros investimentos milionários, ainda não surtiram efeito e uma parcela da população mato-grossense começa a entrar em pânico. Isto porque, mal teve início a época das chuvas, problemas crônicos em cidades do Estado já podem novamente ser observados. Na saída de Colniza para Aripuanã (1.114 e 1.014 km de Cuiabá, respectivamente), por exemplo, a população já sofre com os atoleiros encontrados no local. Por se tratar da principal rota de entrada e saída da cidade, rapidamente os munícipes começam a ser penalizados com o desabastecimento de alimentos, medicamentos, combustível e produtos em geral. 
 
Foto: ReproduçãoTodos os anos a situação se repete, mas, ao que parece, não incomoda os gestores, que se limitam a realizar medidas emergenciais, muito aquém daquilo que é esperado pela população. Em fevereiro deste ano, por exemplo, a Câmara de Vereadores de Colniza chegou a encaminhar um ofício com pedido de providências ao superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Garcia. À época, os parlamentares reclamaram da situação em que se encontrava o município devido às grandes chuvas e aos consequentes atoleiros e isolamentos de algumas regiões. 
 
Passados mais de oito meses, a situação está prestes a se repetir, conforme relatou à reportagem do Circuito Mato Grosso o vereador Francisco Borges dos Santos, o ‘Chicão’ (PPS). “A situação aqui em Colniza é precária e calamitosa. Temos estradas de responsabilidade do Estado e também as que estão a cargo do Governo Federal. O problema é que estamos esquecidos por todas as esferas”, reclamou o vereador. 
 
Foto: ReproduçãoEle alerta, ainda, que a população dos distritos de Guaíba e Três Fronteiras, frequentemente afetados com os problemas de isolamento em consequência das chuvas, vivem na iminência de sofrer com um novo acontecimento desta natureza. “Toda ano é a mesma coisa, não sei se falta maquinário, se falta vontade política, mas o que a gente observa é que falta principalmente que as coisas sejam bem feitas para evitar que uma nova chuva traga todos os problemas de volta”, argumenta o vereador ao lembrar que muitas vezes os municípios são obrigados a decretar estado de calamidade pública.
 
Prejuízos – Diversos municípios do Estado, que em sua grande maioria têm estradas não pavimentadas, são frequentemente afetados pelo excesso de chuvas nesta época do ano. Pontes submersas, atoleiros gigantescos e comunidades inteiras isoladas são o reflexo da precariedade da malha viária em Mato Grosso. Além de a população ficar isolada e desabastecida de produtos, inúmeros produtores ainda ficam impossibilitados de escoar a produção.

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