Criminosos armados tentaram assaltar uma empresa de valores no MT e depois fugiram para a zona rural do Tocantins. Cerco aos criminosos completa dez dias, com seis mortos e um preso até esta quarta-feira (19).
Confronto aconteceu próximo do povoado Café da Roça — Foto: Divulgação |
Quatro suspeitos do ataque a uma transportadora de valores em Confresa (MT) morreram em confronto com policiais no interior do Tocantins. A troca de tiros aconteceu no fim da tarde de terça-feira (18), mas o número de mortos foi confirmado na manhã desta quarta-feira (19) pela Polícia Militar. Quatro fuzis também foram apreendidos.
O confronto que levou às mortes aconteceu na área da fazenda Vale Verde, próximo ao povoado Café da Roça na zona rural de Pium, no oeste do estado. A ação envolveu militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) de Mato Grosso, que participam da força-tarefa.
Um vídeo divulgado pela polícia mostra a intensa troca de tiros em uma área de mata. Segundo a Polícia Militar, devido ao risco de emboscada os militares resolveram esperar o amanhecer para fazer a busca pelos corpos devido ao risco de novos tiroteios.
"Nenhum dos nossos policiais militares foram feridos e hoje pela manhã, durante a confirmação desses óbitos, houve um novo confronto entre os policiais do Bobe e os criminosos", disse o tenente coronel Noelson, da PM de Mato Grosso.
O grupo, com cerca de 20 suspeitos, está sendo perseguido por uma força-tarefa com 350 policiais de cinco estados. Em dez dias de cerco, até esta quarta-feira (19), seis suspeitos morreram e um foi preso.
A caçada aos suspeitos no Tocantins começou no dia 10 de abril, depois que eles fugiram do Mato Grosso e entraram no território tocantinense pelos rios Araguaia e Javaés. A operação acontece na região oeste e sudoeste do estado, na zona rural dos municípios de Pium, Marianópolis e na Ilha do Bananal, além de cidades do entorno.
Policiais de cinco estados fazem busca de grupo criminoso — Foto: Divulgação/Polícia Militar
Durante os dez dias de operação foi apreendido um verdadeiro arsenal com capacetes e coletes, armamento pesado e munições de uso restrito das Forças Armadas, por serem utilizados em guerra. Todo o material deverá ser entregue às polícias de Mato Grosso, onde o grupo começou a ação criminosa.
Vídeo mostra tiroteio entre Polícia e grupo que atacou Confresa
Efeitos da operação
Após o início da operação a Polícia Militar estabeleceu um bloqueio e pediu que a população evite transitar na TO-080 e estradas vicinais em um raio de 50 km em torno de Paraíso do Tocantins. É nessa área em que estão concentradas as buscas.
No fim de semana o governador Wanderlei Barbosa (Repúblicanos) afirmou que o grupo criminoso tem prejudicado colheitas na região devido à insegurança e o risco de novas ações criminosas.
Policiais fazendo buscas por criminosos no interior do Tocantins — Foto: PM/Divulgação
Além disso, as prefeituras de Marianópolis do Tocantins e Araguacema tiveram que suspender serviços públicos como aulas e atendimento médico na zona rural para evitar risco aos profissionais e à população.
Caçada continua
Material apreendido durante força-tarefa na zona rural de Pium — Foto: Divulgação/PM
As buscas são feitas com a ajuda de cinco aeronaves enviadas por outros estados, barcos, drone e cães. Moradores da região dão apoio com alimentos, pontos de internet, dormitório e estrutura das fazendas.
O comandante da Polícia Militar do Tocantins, Márcio Barbosa, enfatizou que os policiais só sairão da região, quando todos os criminosos forem capturados.
A Polícia Militar do Tocantins e de Mato Grosso identificaram dois dos integrantes da quadrilha. Eles são Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos, que morreu em confronto, e Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, que foi preso após fazer o funcionário de uma fazenda refém. O segundo morto não teve a identidade revelada.
Por g1 Tocantins
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