Foram cumpridos 4 mandados de busca e apreensão domiciliar em Cáceres e Várzea Grande
PC-MT
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), cumpriu neste domingo (02.03), quatro mandados de busca e apreensão visando esclarecer o vídeo onde aparece filhotes de onças-pintadas decapitadas.
A ação, realizada com apoio das equipes das Diretorias do Interior, Atividades Especiais e Metropolitana, integra a Operação "Março Negro".
As ordens judiciais foram decretadas pela Justiça durante apuração da prática criminosa tipificada no artigo 27 da Lei nº 5.197/1967 c/c artigo 29, §5º, da Lei nº 9.605/1998, sendo cumpridas em propriedades rurais no município de Cáceres e em uma residência em Várzea Grande.
Nos endereços alvos foram apreendidos aparelhos celulares que serão periciados, bem como são materiais importantes para o prosseguimento da investigação e responsabilização dos autores do crime ambiental cometidos contra os animais nativos do pantanal mato-grossense.
No dia 27 de março circulou nas redes sociais um vídeo em que um suposto caçador teria decapitado filhotes de uma onça pintada. Desde então iniciou-se o trabalho investigativo, contando com apoio da população, que enviou denúncias à Polícia Civil através do 197.
Na última sexta-feira (31.03), um homem foi preso por policiais militares do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), na Rodovia BR 070, em Cáceres, por maus-tratos de animais.
Na ocasião, o suspeito transportava quatro cachorros da raça Americano, que apresentavam sinais de maus tratos. Os cães eram semelhantes aos que aparecem no referido vídeo das onças. O preso foi interrogado sobre os fatos e negou o envolvimento no caso dos filhotes decapitados.
Conforme a delegada titular da Dema, Liliane Murata, esse tipo de crime contra as onças-pintadas tem que acabar, pois, é um espécie considerada patrimônio da fauna mato-grossense e está ameaçada de extinção. A população precisa entender que os animais fazem parte do bioma que muito colabora para o meio ambiente, do ecossistema e da humanidade como um todo.
"Atualmente existem muitas ONGs dedicadas à preservação das onças-pintadas e que apoiam o cuidado e a preservação desses animais em parceria com a sociedade. Logo não há necessidade de caça e matança do animal", destacou Liliane Murata.
As diligências continuam objetivando reunir a materialidade do crime e para que o responsável pelo delito seja devidamente punido.
A Polícia Civil agradece o apoio da população, que colaborou com denúncias pelo número disque 197, cooperando com as investigações.
O nome da Operação "Março Negro" faz referencia ao mês em que a onça-pintada teve seus filhotes decapitados pela mão humana.
Assessoria | Polícia Civil-MT
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