Operação Tanque Cheio tem como alvos servidores das áreas de saúde, obras e finanças, vice-prefeita e vereador do município.
A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu nesta quinta-feira (02.03) 23 mandados de busca e apreensão contra investigados por um esquema de corrupção envolvendo setores da administração pública de Ribeirão Cascalheira e uso da máquina pública para fins particulares. A Operação Tanque Cheio resultou no afastamento dos secretários de Obras, Finanças, Saúde e do chefe do Setor de Compras do município; do presidente da Câmara dos Vereadores e da vice-prefeita de Ribeirão Cascalheira.
Os mandados são cumpridos nas secretarias alvos da investigação, em residências de agentes políticos e empresas. Uma empresa na cidade de Bom Jesus do Araguaia também foi alvo das buscas e apreensões.
Além do cumprimento dos mandados e de outras medidas cautelares, a Justiça determinou o afastamento dos secretários de Obras, Finanças, Saúde e do chefe do Setor de Compras do município; do presidente da Câmara dos Vereadores e da vice-prefeita de Ribeirão Cascalheira.
A investigação da Delegacia da Polícia Civil de Ribeirão Cascalheira teve início a partir da denúncia de que servidores e terceiros, sem vínculo com a administração municipal abasteceriam veículos particulares em postos de combustíveis em nome da prefeitura.
A Polícia Civil deu início à verificação preliminar das informações e constatou a existência de um forte esquema de desvio de combustível. Os indícios reunidos também apontam que máquinas da prefeitura realizavam trabalhos em propriedades particulares, como fazendas e chácaras.
Além do abastecimento, contas particulares também eram pagas com os cartões de abastecimento da prefeitura de Ribeirão Cascalheira. Foram coletados elementos substanciais que apontam a ocorrência de associação criminosa, peculato, corrupção passiva e falsidade ideológica.
O delegado Flávio Leonardo Santana Silva pediu e a Justiça determinou buscas e apreensões, afastamento cautelar dos suspeitos, entre outras medidas necessárias para a continuidade das investigações.
A representação encaminhada pela Polícia Civil teve parecer favorável do Ministério Público e foi deferida pelo juízo da Vara Única de Ribeirão Cascalheira. Segundo o delegado, os elementos apontam que o esquema criminoso pode ser mais extenso. “Por meio dessas medidas, será possível entender o seu funcionamento, extensão dos crimes cometidos e demais autores envolvidos”, explicou Flávio Leonardo.
As investigações apontam ainda que o esquema foi praticado ocorreu também durante a pandemia. “Fato que torna o crime mais reprovável. Além de por fim ao esquema criminoso, as investigações objetivam revelar a extensão dos prejuízos causados aos cofres públicos e possibilitar a restituição desses valores”, pontuou o delegado.
A operação contou com o apoio de mais de 70 policiais civis das Delegacias das Regionais de Água Boa, Barra dos Garças e de Confresa.
Assessoria | Polícia Civil-MT
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