Uma mulher foi presa em flagrante
por tráfico de drogas, com porções de pasta base de cocaína nas partes íntimas
PCMT
A Delegacia de Homicídios e
Proteção à Pessoa de Cuiabá concluiu nesta segunda-feira (06.02) oito mandados
de busca e apreensão remanescentes da Operação Kalypto, que investiga os crimes
de tortura, assassinato e ocultação de cadáver de quatro rapazes oriundos do
estado do Maranhão. Foram apreendidos aparelhos celulares que passarão por
análise da equipe de investigação.
Nesta segunda-feira, as equipes
da DHPP cumpriram mandados de busca em endereços no bairro Areão, na Capital,
em residências de familiares de investigados que foram presos na primeira fase
da operação.
Uma mulher foi presa em flagrante
por tráfico de drogas, com porções de pasta base de cocaína nas partes íntimas.
De acordo com o delegado Caio
Fernando Albuquerque, as buscas foram cumpridas em endereços de pessoas que
tenham informações importantes ao esclarecimento do caso, inclusive, que possam
levar à localização dos corpos das vítimas.
Outras buscas
Na quinta-feira passada, a equipe
da delegacia fez diligências para identificar o possível local onde as quatro
vítimas foram torturadas e executadas por ordem de uma facção criminosa.
Equipes da DHPP e da Perícia
Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram a uma casa no bairro Osmar
Cabral, onde foram encontrados prováveis vestígios de que pessoas tenham sido
executadas no local. Peritos da Politec fizeram aplicação do reagente luminol
para detectar se há presença de sangue humano.
As diligências dão sequência à
Operação Kalypto, deflagrada pela DHPP no dia 24 de janeiro para cumprir 18
ordens judiciais de prisão temporária e de buscas e apreensões contra
integrantes de uma facção que sequestraram, mutilaram, assassinaram e depois
sumiram com os corpos de quatro rapazes, há quase dois anos.
Oito pessoas identificadas pela
investigação da DHPP com envolvimento no desaparecimento e morte das vítimas
foram presas durante a Operação Kalypto.
Tribunal do crime
As mortes de Tiago Araújo, 32
anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20
anos e Clemilton Barros Paixão, 20 anos, foram ordenadas por uma facção, que
determinou um ‘tribunal do crime’ porque julgou que as vítimas pertenciam a
outro grupo rival e, desta forma, resolveram assassinar os rapazes - dois
irmãos, um cunhado e um amigo, que desapareceram das respectivas residências,
no Jardim Renascer, no dia 02 de maio de 2021.
A investigação, coordenada pelo
delegado Caio Fernando Albuquerque, da DHPP de Cuiabá, reuniu diversas
informações coletadas durante inúmeras diligências realizadas na Capital e
também no estado do Maranhão, que levaram à identificação dos envolvidos na
execução dos quatro rapazes.
Além de condenar as quatro
vítimas a um tribunal da facção, os integrantes da organização criminosa também
coagiram familiares das vítimas, que foram obrigados a ir embora de Cuiabá
porque receberam ameaças de morte.
A investigação apurou que as
vítimas foram cruelmente mortas - sofreram decapitação, amputação dos dedos e
uma delas foi atingida por um disparo no peito. Outras duas foram mortas com
disparos na nuca.
Raquel Teixeira | Polícia
Civil-MT


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