A ministra Maria Elizabeth Rocha,
do Superior Tribunal Militar (STM), criticou as manifestações antidemocráticas de
grupos extremistas em todo o Brasil. Ela também alerta para o fato que
militares da ativa não podem participar desse tipo de ato. “Os novos militares
talvez não tenham consciência do que é uma ditadura. E do mal que muitas vezes
é irreparável”, afirmou. A mineira de 62 anos é primeira e única mulher a
compor a corte militar.
Ela recorda que militares,
durante o último regime ditatorial no país (1964-1985), também sofreram
cassações, perseguição e vítimas de crimes. “A ditadura não escolhe suas
vítimas. A ditadura sacrifica todos igualmente (…) O fato é que quem pede o
retorno do autoritarismo não tem a menor ideia do que seja”, afirma.
A ministra explica que a
intervenção militar é autoritarismo porque foge dos quadros da legalidade e
rompe com os padrões constitucionais vigentes. “Quem busca e pede o fim da
democracia e o golpe militar é porque realmente não viveu as mazelas do que é
um regime autoritário e não sofreu seus horrores, sobretudo na década de 70”.
Ela defende que os militares são
disciplinados e organizados. “Quando se quebra a cadeia de comando é o fim de
toda a hierarquia e disciplina que sempre se ensinou nas academias militares no
interior das Forças Armadas”.
Confira entrevista com a
ministra:
“Lula será respeitado”
O presidente eleito Luiz Inácio
Lula da Silva será respeitado pelas Forças Armadas. Segundo Maria Elizabeth, os
militares vão respeitar os resultados das eleições e receberão o novo
presidente Lula da mesma maneira como receberam o presidente (Jair) Bolsonaro.
Caldeiraopolitico
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