2022/06/25

Justiça converte em preventiva prisão de pai suspeito de matar filho de 1 ano asfixiado em MT

 

Denilson de Jesus Salvaterra, de 22 anos, disse que o filho havia se enrolou com um fio de carregador. Em seguida, confessou que pressionou o pescoço do bebê.

 

 

Denilson de Jesus Salvaterra, de 22 anos, acusado de ter matado o filho um bebê de 1 ano e 8 meses, asfixiado em Primavera do Leste — Foto: Reprodução

 

 

A Justiça converteu para preventiva a prisão Denilson de Jesus Salvaterra, de 22 anos, suspeito de ter matado o próprio filho, uma criança de 1 ano e 8 meses de idade, em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá. O menino teria sido asfixiado.

 

A decisão é do juiz Roger Augusto Bim Donega, da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste e foi proferida na última terça-feira (21) .

O g1 não conseguiu localizar a defesa do suspeito.

 

O magistrado destacou que Denilson confessou formalmente que durante a noite acordou para alimentar o seu filho e que depois de colocar de volta para dormir a criança acordou novamente. O pai contou que pegou a criança no colo e ficou irritado por não parar de chorar pressionou o pescoço da e tampou a boca do seu filho provocando a morte.

 

 

Para o juiz, a confissão mostra há indícios suficientes da autoria do crime, "vez que a prova testemunhal e as circunstâncias da prisão revelam, pelo menos nessa etapa da persecução penal, que o investigado praticou o crime de homicídio qualificado", destacou.

 

Como reforço da necessidade da conversão da prisão, o magistrado disse que o crime possivelmente cometido pelo pai reveste-se extrema gravidade, "já que da dinâmica dos fatos denota-se que ao autuado foi imputado crime de homicídio qualificado, contra seu próprio filho pequeno, que sequer tinha condições de se defender", disse.

 

Entenda o caso

De acordo com o boletim de ocorrência, a criança deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Primavera do Leste por volta das 6h50 da manhã. Ele foi levado pelos pais.

Durante o atendimento foi constatado o óbito da criança. O bebê tinha algumas marcas no pescoço e por isso a Polícia Civil foi acionada.

Os pais contaram que quando acordaram para levar a criança para creche, perceberam que de alguma forma o filho havia enrolado o carregador do celular no pescoço.

Mas a segundo a polícia, a história não foi essa. O delegado responsável, Allan Vitor Sousa da Mata, disse que a criança tinha ferimentos internos e que as marcas não condiziam com a versão.

"O pai manteve a mesma versão de que em tese a criança teria morrido enforcada com o cabo do aparelho celular e pela contradição na versão e na lesão encontrada na vítima, foi dado voz de prisão", disse.

No interrogatório, segundo o delegado, o homem confessou ter matado o filho asfixiado.

O corpo da vítima foi encaminhado para a realização de necrópsia em Rondonópolis. A médica legista confirmou que a criança foi morta por asfixia decorrente de obstrução das vias aéreas.

Em relação a participação da mãe, não há elementos suficientes que indiquem que ela tenha participado do crime. Por isso, a mulher foi liberada.

A Polícia Civil tem dez dias pra concluir a investigação.

O pai será foi encaminhado para cadeia pública, onde aguardará a conclusão da investigação e o processo criminal preso.

Por g1 MT

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