2021/06/02

Ministério da Defesa gastou mais de R$ 1 milhão para produzir cloroquina em 2020

 

Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasi

O ministro da Defesa, general Braga Netto, informou nesta quarta-feira (2) que gastou R$ 1.141.311,61 milhão para produzir 3.229.910 milhões de comprimidos de cloroquina 150 mg somente no ano de 2020.

 

A informação consta em documento encaminhado à CPI da Covid, ao qual o R7 Planalto obteve acesso.

 

“Assim, em 2020, foram produzidos 3.229.910 comprimidos de cloroquina 150 mg, tendo as produções iniciadas nos meses de março (1.251.030 comprimidos ao custo de R$ 442.060,32); abril (718.380 comprimidos ao custo de R$ 253.844,67); e maio (1.260.500 comprimidos ao custo de R$ 445.406,62)”, afirma o documento.

 

A produção de cloroquina, medicamento sem eficácia contra a covid-19, foi realizada pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército, que seguiu instrução do Ministério da Saúde.

 

“Nesse sentido, dado o grau de incerteza vivido nos primeiros meses, natural de uma pandemia, as coordenações interministeriais foram realizadas com vistas à obtenção da cloroquina, uma das soluções estudadas e adotadas pelo Ministério da Saúde, ficando evidente que a aquisição antecipada do insumo ocorreu dentro de um cenário de iminente crise de desabastecimento. A produção do primeiro lote já havia sido planejada desde 2019. O aumento da produção ocorreu somente após a publicação da Nota Informativa nº 5/2020-DAF/SCTIE/MS, de 27 de março de 2020, do Ministério da Saúde”, acrescenta.

 

 

Exército

Em documento enviado à CPI da Covid, o Exército Brasileiro afirmou que, entre 2020 e 2021, distribuiu 2.931.820 comprimidos de cloroquina 150 mg, medicamento comprovadamente sem eficácia contra a covid-19, aos estados e hospitais militares.

 

“Em 2020 e 2021, foram distribuídos 477.610 comprimidos de cloroquina 150 mg para os hospitais militares e 2.454.210 comprimidos de cloroquina 150 mg para as secretarias estaduais e municipais de Saúde”, afirma.

 

 

Esse documento, por sua vez, é assinado pelo general Francisco Humberto Montenegro Júnior, chefe de gabinete do Comandante do Exército Brasileiro.



Agência Brasi


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