A BR-158 liga o norte ao sul do Brasil e corta oito estados. Em Mato Grosso ela tem 800 km de extensão.
Os atoleiros causados pelo
excesso de chuva já se tornaram rotina para quem precisa transitar pela BR-158,
na região do vale do Araguaia, no interior de Mato Grosso. A situação ocorre há
quase um mês e os caminhoneiros levam até 13 horas para conseguir passar pelo
trecho do atoleiro.
A BR-158 liga o norte ao sul do
Brasil e corta oito estados. Em Mato Grosso ela tem 800 km de extensão. O
trecho sem asfalto tem 120 km. Não é pavimentado porque corta a Terra Indígena
Marãiwatsédé dos xavantes. Enquanto isso, uma empresa contratada pelo Dnit
tenta minimizar os problemas resgatando os motoristas e jogando pedras pela
rodovia.
“Sempre fiz essa linha, sempre
puxando grão na região e todo ano é a mesma coisa, é o mesmo processo, todo ano
chuva, é atoleiro, a gente fica passando necessidade de água, um socorro. Ás
vezes, por misericórdia, um fazendeiro ajuda a gente a desatolar, a seguir o
fluxo”, relatou o caminhoneiro Vicente da Silva França.
Não é difícil encontrar caminhões
parados e atolados na rodovia. Quando isso acontece o trânsito na rodovia fica
totalmente paralisado e se os veículos não são retirados daqui, esse tempo de
espera pode durar dias. O resultado é uma fila que vai aumentando rapidamente,
até perder de vista.
“As condições são precárias né? A
gente está gastando 12 a 13 horas para atravessar aqui e o prejuízo é muito
grande gente. O patrão está levando os caminhões para o Maranhão porque não tem
condições de trafegar aqui é só atoleiro, atoleiro, atoleiro”, disse o
caminhoneiro Thiago Nogueira.
A BR-158 é a uma das principais
rotas para o escoamento da soja colhida em Mato Grosso, estado que é o maior
produtor de soja do país. Neste ano, a estimativa da safra é de 35 milhões
toneladas. A região nordeste de Mato Grosso produz quase 20% dela. Uma das
rotas alternativas para o escoamento dos grãos é a rodovia estadual MT-322, mas
que também não é asfaltada. Além de causar prejuízo os produtores e aos
caminhoneiros, quem mora na região reclama do abandono do poder público.
Agencia de Noticias
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