2020/07/01

Pare, pense, observe e faça algo pelos seus!

João Edisom possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso, especialização em Psicologia Educacional pela Universidade Federal de Mato Grosso e mestrado em Educação pela Universidade de Cuiabá.
Pare, pense, observe e faça alguma coisa! Nestes últimos dias as páginas das redes sociais, principalmente Facebook, estão mais para obituários do que para contatos e relações sociais. São pessoas se despedindo dos seus filhos, pais, mães, irmãos, tios, primos, profissionais fantásticos, amigos queridos... São lágrimas sem velório!

Pare de postar soluções milagrosas nas suas redes sociais, falando que resolve, que evita, que cura. Se isso fosse simples em algum lugar do mundo alguém já estaria fazendo sucesso. Não é gripe! É morte de verdade! Como você acha que está se sentindo alguém que já está em luto enquanto você vende facilidades nas redes sociais só para proteger suas ideologias? Seja humano e responsável! Entenda a dor de quem já perdeu os seus e nem pôde se despedir.

Pare de olhar para o passado com o ódio de quem só enxerga problemas em quem já governou e hoje, se vivo, nem mandato tem mais. Isso não irá salvar a vida de alguém que você ama. O ódio do que passou não imuniza e nem é profilático para quem já não consegue respirar o ar da vida. Quem deixou de fazer algo tem que responder nos tribunais da vida, ou da eternidade. Quem você ama precisa ser protegido agora.

O presidente não é seu herói. O presidente não é seu país, nem é dos seus. Nem esse que está aí, nem os outros que passaram e muito menos os que estão por vir. O atual presidente não é exemplo para cosia nenhuma, como os outros também não foram. Nesta pandemia ele não representa nada! Por ignorância, talvez, não representa nem a si próprio, mas também não é ele que tem que fazer alguma coisa neste momento; somos nós que temos que fazer pela gente e por aqueles que são nossos e por nosso país.

O ódio político, ou a cegueira das idolatrias, não te garante que terás natal, nem ano novo, nem carnaval, nem alimento e nem vida. O que te garante é você e os seus cuidados sanitários com você e com quem você ama.  Derrubar presidente, trocar de político ou rotular alguém de comunista, fascista, esquerdalha, gado, petralha, miliciano não garante nada, nem sua existência e nem remédio e médico para você e para quem realmente deve importar.

O que interessa, neste momento, condenar a China, ou achincalhar o Trump, o Maduro, ou o governo da Correia do Norte, se daqui a pouco você mesmo pode nem estar mais aqui? A vida é finita, amigo! E com a pandemia é muito mais! Pare com a verborragia do negacionismo e do invencionismo assassino!

Olhe para a realidade! Pense no que você pode fazer agora. Pense de verdade. Pense em você. Pense em quem é realmente importante para você. Pense nas pessoas que precisam trabalhar. Pense nas pessoas que empregam. Nas pessoas que vivem do suor do próprio rosto. Pense no trabalho como lei da vida.  Pense um pouco aqui, neste momento, enquanto você ainda pode fazer algo por você e pelos que você ama.

Neste momento, neste exato momento, o vírus nos diz: agora é com você sujeito! Quem tem que fazer algo por você e para os seus é você mesmo, não é o presidente, nem o governador, nem o prefeito, muito menos os políticos que você detesta ou ama. A nossa vida e a vida dos que amamos estão dependendo do nosso comportamento, do nosso jeito de estar e de ser neste planeta! Depois de contaminado pode ser tarde. Morto nem vota nem faz passeata.

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