Mato Grosso registrou 26.500
casos de dengue e atingiu 300 ocorrências para cada 100 mil habitantes. A
Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) alerta os gestores municipais para que
intensifiquem o combate à dengue, zika e chikungunya, devido ao alto risco registrado
em 81 dos 141 municípios mato-grossenses.
A incidência de dengue que, no
ano de 2019 era de 205,9, subiu para 792,3 a cada 100 mil habitantes – os dados
consideram os quatro primeiros meses de 2020 (parcial até o dia 23/04/2020). O
Boletim Epidemiológico divulgado pela SES nesta sexta-feira (24.04) aponta 13
mortes causadas pela dengue grave; esses registros de óbitos estão distribuídos
entre 10 municípios.
Os municípios com maior registro
são: Sinop com 6.319 casos, 3 óbitos confirmados e 1 óbito em investigação;
Rondonópolis com 1.162 casos e 1 óbito; Cuiabá com 375 casos e Várzea Grande
com 232 casos de dengue. O município de Várzea Grande também registrou 28 casos
de chikungunya e um óbito pela doença.
De acordo com o Boletim
Epidemiológico, 540 casos de chikungunya foram registrados neste ano, enquanto
que em 2019 foram notificadas 420 ocorrências. Três municípios estão em
classificação de alerta: Várzea Grande (28), Cuiabá (25) e Sinop (12).
“A dengue não é mais uma doença
sazonal para Mato Grosso e sim epidêmica. Com isso, há alto risco para esses
agravos, o que coloca os gestores municipais em estado de alerta, sendo
importante intensificar as ações preventivas de combate ao mosquito
transmissor. A população pode contribuir nesse combate, limpando reservatórios
de água e eliminando possíveis criadouros”, explicou a superintendente de
Vigilância em Saúde da SES-MT, Tatiana Helena Belmonte.
Segundo Tatiana Belmonte, os
municípios com registros de óbitos têm plano de contingência para dengue,
chikungunya e zika, contam com profissionais da saúde que receberam capacitação
para classificação de risco e médicos capacitados para o manejo clínico dessas arboviroses.
A superintendente ainda reforça
que os municípios que estão em alto risco para dengue, mesmo em meio à pandemia
da Covid-19, devem ter a atenção organizada para atender aos casos de dengue.
A SES informa que realiza
oficinas de atualização em manejo clínico aos municípios que compreendem as 16
regionais de saúde de Mato Grosso. Paralelas às oficinas de atualização, a
Secretaria também auxiliou os municípios na construção do Plano Regional e
Municipal de Contingência as arboviroses dengue, zika e chikungunya e tem
mantido a distribuição de insumos estratégicos, como inseticidas e larvicidas
utilizados como medida complementar ao controle do vetor.
O órgão estadual ainda tem
realizado controle de qualidade na identificação das larvas do Aedes, encontradas
e coletadas nos municípios, além de cooperação técnica.
Sintomas
A dengue e chikungunya são
transmitidas pelo mesmo mosquito e apresentam sintomas parecidos. Os principais
sintomas são: febre e náuseas, dor abdominal, exantema (irritação da pele), dor
de cabeça, dor retroorbital (dor ao redor dos olhos) e principalmente dor
abdominal.
“Às pessoas com febre e mais
sintomas associados, que estejam em local de transmissão da dengue e da
chikungunya, é recomendado que procure imediatamente a unidade de saúde mais
próxima para receber o tratamento adequado. Nesse período de estiagem, as
pessoas tendem a armazenar água, mas também é importante manter esses
reservatórios limpos e fechados”, orienta a gestora Tatiana Belmonte.
Caldeirão politico
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.