| Deputado Carlos Bezerra avaliou a prisão de Temer como "lamentável" ; já o senador Jayme Campos entende que a "lei vale para todos" |
“É lamentável. É só isso que
tenho a dizer”. Assim se posicionou hoje, no fim da manhã, o presidente do MDB
de Mato Grosso, deputado federal Carlos Bezerra, sobre a prisão do
ex-presidente Michel Temer, ocorrida nesta quinta-feira (21), em Brasília.
| Senador Wellington: "Eu acho isso tudo um trauma" |
Bezerra estava aparentemente
irritado com a prisão do correligionário e amigo de longa data e preferiu
deixar para aprofundar sobre o assunto após ter acesso a todas as informações
quanto à decisão, expedida pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal.
Já o senador Jayme Campos (DEM), opinou que “a lei vale
para todos” e que o país “vive um novo
momento” .
Campos, porém, salientou que não
tem conhecimento de todo o contexto jurídico que cerca a motivação da prisão de
Temer. “Mas penso que tem que haver reponsabilidade no ato de acusar, porque se
não acontece de jogar o nome das pessoas na sarjeta e depois se descobre que a
pessoa é inocente”. Questionado sobre a importância de Temer para Mato Grosso,
como por exemplo na liberação de recursos para a construção do novo
Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, Jaime minimizou afirmando que isso é ação
da Presidência da República, e não pessoalmente do presidente.
O também senador Wellington
Fagundes (PR), avaliou que a a prisão de Mechel Temer trás preocupação, pois
deixa uma dúvida sobre como será a reação do mercado internacional “ao ver mais
um ex-presidente da república preso”.
“Eu acho tudo isso um trauma,
pois estamos tendo na história do país
dois ex-presidentes que estão presos. Como fica a imagem desse país? É difícil
de se prever as consequências disso”, apontou Fagundes. Ele classificou, ainda,
a prisão como uma “ebulição”, uma vez que, segundo a relação institucional
entre os poderes passa atualmente por questionamentos. Wellington exemplifica
seu argumento apontando a CPI da Lava Toga, na qual o Senado pretende
investigar a atuação do Judiciário.
“Já tivemos crises isoladas nos
últimos 30 anos. Num momento era crise política, como no governo Collor, depois
tivemos a crise econômica no governo Sarney e antes nunca havíamos tido crises
política e econômica ao mesmo tempo, mas a partir do governo passado começou a
existir esse acúmulo. Tanto que tivemos um impeachment e uma crise econômica e
essa crise não terminou e, com isso, a
preocupação maior que fica é justamente quanto ao malefício que as
consequências que isso pode trazer, principalmente para as pessoas que estão lá
na ponta, que precisam do emprego, da retomada do crescimento do país”,
argumentou Wellington, ponderando que buscar a responsabilização de quem
pratica atos comprovadamente ilícitos é
um dever das instituições judiciais e dos órgãos de controle.
“Isso lá fora, como está sendo
visto?”, indagou Wellington Fagundes citando a necessidade de investimentos
estrangeiros que o país precisa. “O Brasil tem alguns deveres de casa e que não
cumpre atualmente. Por exemplo, não tem segurança jurídica no País, então quem
quer investir não pode viver de solavancos”, sinalizou.
O deputado federal Juarez Costa
(MDB), se mostrou surpreso com a prisão de Temer, mas preferiu não emitir
comentários. Ele preferiu usar a nota oficial do MDB nacional para se posicionar:
“O MDB lamenta a postura açodada
da Justiça à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que
não há irregularidade por parte do ex-presidente da República, Michel Temer e
do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça restabeleça as
liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e
o direito de defesa”, diz a nota.
O assessor especial da
presidência da República, Victório Galli, disse que a prisão de Temer “já
estava programada, pois sabíamos que um dia ele iria responder por seu atos”.
Galli enfatizou que o país passa
por um novo momento. “E estão começando da cabeça para os pés”, completou,
explicando que estão sendo presos primeiramente políticos de grande
envergadura, ao contrário do que ocorria no passado quando, segundo ele, eram
os menos representativos que iam presos.
Hiper Noticias
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