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| Famílias tiveram prejuízos com a construção de usina hidrelétrica da companhia energética |
O deputado Valdir Barranco usou a
tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (13), para
cobrar da CES (Companhia Energética Sinop) mais cuidado com o meio ambiente e
responsabilidade no pagamento de indenizações. Segundo o deputado, 214 famílias
residentes no assentamento Wesley Manoel dos Santos, em Sinop, tiveram
prejuízos com a construção das barragens de uma usina hidrelétrica construída
pela companhia no município que deve entrar em operação em breve.
“Nos últimos dois anos tenho lutado
incansavelmente para que a CES corrija os valores pagos às famílias de
agricultores atingidos pelas barragens da sua usina. Tratam-se de pessoas que
tiveram ou terão suas terras alagadas pela companhia e que acumulam imensos
prejuízos por terem suas atividades econômicas interrompidas. A companhia
efetuou pagamentos iniciais com valores menores que os de mercado e inferiores
àqueles determinados pelo Incra-MT, responsável pelo assentamento destas 214
famílias.”
O deputado explicou que as
indenizações efetuadas foram da ordem de R$ 3 mil por hectare (ha) de terra de
terra quando “o valor justo apontado pelo Incra-MT é de R$ 16 mil/ha”. “A
empresa desrespeitou inclusive o Ministério Público Federal (MPF) que fez
avaliação própria sobre o valor real dos lotes confirmando os números apontados
pelo Incra e nada foi feito até aqui. Estou denunciando, mais uma vez, este
crime contra às famílias e cobrando
providências do poder público competente.”
Barranco também denunciou
“agressões ao meio ambiente” por parte da companhia. De acordo com o deputado,
no projeto de construção da barragem havia estimativa de supressão vegetal que
não teria sido cumprida.
“Para economizar recursos, a CES
diminuiu em 80% a supressão vegetal proposta no projeto de construção da obra.
Por conta disso, 13 mil toneladas de peixes morreram. Quero lembrar que a
barragem foi construída com recursos do BNDES, dinheiro público; portanto, não
podemos aceitar agressões ambientais, muito menos que esta empresa use recursos
nacionais em seu benefício e ainda traga prejuízos aos nossos agricultores
familiares”, concluiu o deputado.
Robson Fraga
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