O deputado estadual Valdir
Barranco (PT) fez duras críticas aos ‘barões do agronegócio’ mato-grossenses
durante informe aos servidores estaduais que ocuparam as dependências da
Assembleia Legislativa nesta semana. Referindo-se ao novo Fethab, enviado via
mensagem ao parlamento, pelo governo do estado, o deputado disse que embora a
nova proposta taxe os grandes produtores ainda 'alivia a mão' sobre o
agronegócio. "Vamos ter alguma arrecadação, mais precisaríamos aumentar a
alíquota sobre o algodão, o milho e a soja, por exemplo, ainda mais."
Em relação às críticas que tem
sido feitas pelos grandes produtores de grãos do estado, que dizem que o novo
Fethab inviabiliza a produção, o deputado foi enfático: “este grupo é formado
por meia dúzia de bilionários que não querem pagar impostos. É preciso taxar o
agronegócio sim, mas não com esse Fethabizinho [sic] proposto pelo governador
Mauro Mendes. Temos que ser mais duros se quisermos tirar o Estado da grande
crise que o governador propala na imprensa: R$ 3,8 bilhões”, opinou.
Segundo o deputado, no ano
passado, Mato Grosso do Sul teve uma safra de 18 milhões de toneladas e
arrecadou, via FunderSul – taxação do agronegócio, R$ 850 milhões. Ao mesmo tempo, Mato Grosso
colheu 63 milhões de toneladas e poderia ter arrecadado R$ 2 bilhões caso
taxasse o agro da mesma forma que o estado vizinho.” O Fethab foi aprovado em
primeira votação pela Assembleia e segue para segunda votação nesta
quinta-feira (25).
Sobre a manifestação dos
servidores públicos do Executivo mato-grossense, o deputado disse que está é
uma luta desigual. “O governador usa o
poder da comunicação para desgastar o servidor público falando de supersalários
de um ou dois servidores, enquanto que a maioria ganha menos de R$ 4 mil. É uma
luta desigual do poder contra o trabalhador. Continuaremos unidos lutando
contra o pacote de maldades do governo, na resistência e em defesa dos
servidores públicos. Nenhum direito a menos!”, concluiu.
Robson Fraga
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