Equipes da Gerência de Operações
Especiais (GOE), da Polícia Civil, estão em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá,
realizando policiamento ostensivo na tentativa de pacificar a área onde 9
pessoas foram baleadas no último sábado (5).
Quatro seguranças da Fazenda
Agropecuária Bauru (Magali) teriam atirado em posseiros, deixando uma pessoa
morta. Elizeu Queres de Jesus, 38 anos, foi atingido por vários disparos de
arma de fogo e morreu antes de ser socorrido.
Os quatro seguranças que haviam
sido presos foram soltos por determinação judicial no dia seguinte ao crime.
Dos nove baleados, dois continuam
internados em estado grave em Juína, a 690 km de Cuiabá.
Segundo a Polícia Civil, os
seguranças foram interrogados e afirmaram que reagiram a invasão de posseiros
supostamente armados. Eles foram autuados em flagrante por um homicídio
consumado e nove tentativas de homicídio.
Em depoimento, alguns dos feridos
declararam que nenhum dos posseiros portava arma de fogo.
Conforme a polícia, há indícios
de que os posseiros não estavam armados, pois só foram encontradas cápsulas de
armas de mesmo calibre dos seguranças da propriedade rural.
Foram apreendidas quatro armas de
fogo, sendo uma espingarda calibre 12, duas pistolas 380, e um revólver, calibre
38.
A propriedade tem histórico de
invasões. Em outubro de 2018, cerca de 200 pessoas armadas invadiram a
propriedade. Naquela ocasião, o Ministério Público Estadual (MPE) havia
alertado o governo de Mato Grosso sobre risco de conflito armado.
As vítimas que foram baleadas
estavam acampadas a 7 km da fazenda, pois em novembro do ano passado tinham
sido retiradas da fazenda em uma reintegração de posse.
A fazenda pertence ao
ex-governador Silval Barbosa e fica a 40 km de Colniza. Ele afirmou em delação
premiada que comprou a fazenda em sociedade com o ex-deputado José Geraldo
Riva. O G1 tenta falar com o ex-governador. Riva lamentou o ocorrido e disse
que os seguranças foram vítimas de uma emboscada.
Por Flávia Borges, G1 MT
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