O Posto Estação de Serviços
Verona LTDA, localizado no bairro Cidade Alta, em Cuiabá, foi interditado e
fechado por diversas irregularidades. A cada 20 litros abastecido, o
estabelecimento ficava com 380ml. A ação é resultado de uma força-tarefa
composta por órgãos de defesa do consumidor para fiscalizar a qualidade e a
quantidade de combustível que entra no tanque dos veículos, dentro das
operações “De Olho na Bomba” e “Posto Clone”.
Ao todo, cinco postos de
combustíveis, localizados em Cuiabá e Várzea Grande, foram visitados na
segunda-feira (04). Em dois locais foram constatados irregularidades,
resultando na interdição e fechamento de um posto. Nesta manhã (05), os
policiais e fiscais estiveram em outros quatro postos. Os trabalhos seguem pela
tarde.
Durante a fiscalização de ontem,
o Posto Estação de Serviços Verona LTDA, no bairro Cidade Alta, teve
comprovação de várias irregularidades que resultaram na interdição e fechamento
do posto, dentre elas: a bomba baixa (limite de divergência tolerável do volume
depositado e o solicitado, que é de 0,5%, o equivalente a 100 ml de 20 litros)
confirmada pelo Ipem/Inmetro. A ANP
constatou ausência de documentação que autorize ou regulamente o funcionamento
do posto e o Procon aplicou penalidades administrativas.
O agente fiscal metrológico,
Daniel Alves Ferreira, explicou que uma bomba do Posto Estação de Serviços Verona LTDA apresentava erro contra o consumidor
de 380 ml a cada 20 litros. “Que a bomba apesar de ser identificada, a qual a
referida numeração possui seis bicos, com as respectivas numerações de série
fornecida pelo Inmetro, todos os bicos estavam sem lacre de ajuste no
respectivo bloco, que é o item responsável por diminuir ou aumentar a vazão do
bico”, disse o agente em declarações colhidas na Decon, que irão subsidiar
abertura de inquérito assim como outros documentos da Anp, do Procon e
Ipem/Inmetro.
Em outro posto, o Amarelinho 4 -
Miranda e Barroso LTDA -, localizado no bairro Jardim Paraíso, que usa bandeira
branca, a ANP constatou se tratar de um posto clone (posto que usa
características de uma marca ou bandeira consolidada no mercado, nas cores e
fachada, mas não comercializa produto da marca, induzindo o consumidor a
erro ) e o Procon lavrou auto de
constatação de posto clone. O gerente foi conduzido à Delegacia do Consumidor.
A operação é coordenada pela
Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor
(Decon) e desenvolvida em parceria com Agência Nacional do Petróleo (ANP),
Instituto de Pesos e Medidas de Mato Grosso (Ipem/Inmetro), Procon Estadual,
Procon Municipal, com apoio das Delegacias Especializada de Roubos e Furtos
(Derf Cuiabá), Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de
Veículos (Derrfva), Delegacia do Adolescente (Dea), Delegacia Especializada de
Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e Delegacia Especializada de Defesa dos
Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).
“Esta é uma demanda oriunda de
reclamações de consumidores, que registraram boletins de ocorrência sobre
determinado posto em que tiveram problema na qualidade do combustível,
problemas mecânico no veículo após o abastecimento e ainda na quantidade do combustível que
entrou no tanque”, disse o delegado da Decon, Antônio Carlos Araújo.
Contra os responsáveis pelos
postos será instaurado inquérito policial para apurar crimes dentro da Lei
8.176/91 (que trata dos crimes contra a ordem econômica e cria o sistema de
estoque de combustíveis, no artigo 1º, que trata das irregularidades
provenientes da venda e revenda de derivado de petróleo, prevê pena de 1 a 5
anos) e da Lei 8.137/90 (artigo 7º, Inciso 7º - induzir o consumidor ou usuário
a erro, por via de indicação ou afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza,
qualidade do bem ou serviço, utilizando-se de qualquer meio, inclusive a
veiculação ou divulgação publicitária; pena é de 2 a 5 anos de detenção). Todos
ainda respondem por sanções administrativas junto aos órgãos reguladores e
fiscalizadores.
Bomba baixa
Quando o abastecimento no tanque
do carro é menor do que a registrada na bomba, o consumidor tem o direito de
pedir ao atendente para testar o equipamento em sua frente. A bomba de
abastecimento vem de fábrica com a calibragem de 20 litros.
No teste, o representante do
posto deve utilizar a medida padrão de 20 litros aferida e lacrada pelo
Inmetro. A diferença máxima permitida é de 100 ml para mais ou para menos. Quando a diferença, em prejuízo ao
consumidor, for acima de 100 ml, a
pessoa está sendo alvo do chamado golpe da bomba baixa e deve denunciar a ANP
via 0800 970 0267.
Posto Clone
Posto “Clone” é o estabelecimento
que utiliza cores, padronização na fachada, uniformes e demais itens de
comunicação visual de redes de marcas de credibilidade do público, como, por
exemplos, postos BR (Petrobrás) e Shell, amplamente conhecidos dos
consumidores. A diferença está no combustível vendido ao cliente, que não têm a
mesma qualidade da marca apresentada, sendo oriundo de outra distribuidora.
O delegado Antonio Carlos Araújo
esclarece que o posto o "Clone" se identifica em sua fachada como,
por exemplo, sendo Shell, e utilizada bandeira branca, não mantendo vínculo de
exclusividade com o distribuidor daquela marca reconhecida no mercado. "Está
induzindo o consumidor a entrar no posto pela marca, que não é. O combustível
que adquire é de qualquer outra distribuidora, podendo estar comprando até na
fronteira. Este posto deveria ter a fidelidade da marca e não tem. O consumidor
está sendo enganado por esse tipo de fraude", explicou Araújo.
Olhar Direto
Wesley Santiago
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