Uma fazenda de calcário
localizada em Rosário Oeste (a 128 km ao Norte de Cuiabá), que era disputada e
foi à leilão na Justiça do Trabalho e chegou a ser arrematada pelo ministro da
Agricultura, Blairo Maggi, que na época era senador, acabou levantando
suspeitas de vendas de sentenças por juízes de Mato Grosso. As investigações
acontecem desde 2005 sob segredo de Justiça nas corregedorias do Trabalho de
Justiça de Mato Grosso e agora foram denunciadas em uma reportagem do O Globo.
Segundo o material divulgado,
Maggi ofereceu lance inicial de R$ 22,7 milhões, porém acabou desistindo da
verba oferecida e transferiu o direito de arrematação para Gilberto Eglair
Possamai. Ele arcou com o dinheiro e ficou com a fazenda.
Já em 2004, Possamai que se
elegeu a vereador não declarou o patrimônio adquirido e ainda as despesas
somaram ao menos R$ 11 mil. Neste ano eleitoral, ele tenta articular a campanha
de suplente a senador.
Com isso, a Procuradoria-Geral da
República abriu um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar
condições em que se deram o leilão com as suspeitas de que Possamai foi
‘laranja’ do ministro.
No entanto, o inquérito foi
arquivado por falta de provas. Agora, de volta com o olho no calcário, um dos
herdeiros das terras, Alain Borges e os inquilinos passaram a questionar a
propriedade do imóvel na Justiça na tentativa de anular o leilão. Caso
conseguisse cancelar o leilão, a falência da empresa Cotton King seria
impedida. A loja pertencia ao pai falecido de Alain e continua em recuperação
judicial.
A briga judicial ainda tenta
transferir a massa falida da empresa para Joge Zanette. Ele foi preso em São
Paulo por estelionato.
Anulação
O leilão foi anulado na 7ª Vara
do Trabalho de Cuiabá. Mas, na 1ª Vara Cível, o juiz Flavio Miraglia Fernandes
homologou o arrendamento da Cotton King para a empresa Darling Harbour
Confecções, de Zanette.
E em 2014, entretanto, o
empresário brigou com a turma de Alain e, logo decidiu munir Possamai com o
histórico de conversas de um mês que manteve no WhatsApp com a advogada Cláudia
Regina Ferreira. Ela seria quem supostamente intermediava vendas de sentenças
no Judiciário mato-grossense. (Com informações do O Globo).
GD João Vieira
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