Foto: Ilustração/Reprodução/Internet |
O prefeito de Cuiabá, Emanuel
Pinheiro (PMDB), vetou o projeto de lei que criava o programa municipal de
assistência à criança portadora de microcefalia. A proposta é de autoria do
vereador Paulo Araújo e foi colocada em votação na sessão da Câmara de Cuiabá
na quinta-feira (2).
De acordo com o líder do prefeito
na Câmara, vereador Lilo Pinheiro (PMDB), a assistência não estaria incluída na
Lei Orçamentária Anual e por isso seria inconstitucional.
“Esse é um projeto de iniciativa
constante. É um programa ao qual constantemente tem que ser dado apoio. Então,
barra no vício de iniciativa e na inconstitucionalidade. Como não está previsto
na Lei Orçamentária, precisamos trabalhar isso junto com o prefeito”, disse.
O veto foi muito criticado pelos
vereadores, apesar da maioria dos votos favoráveis. Treze votaram a favor da
manutenção do veto e seis contra. O vereador Chico 2000 (PR) foi um dos que
votaram “sim” ao veto, mas que destacaram a importância de dar auxílio às
crianças.
“Votei pela manutenção do veto,
mas acredito que esse assunto precisa, sim, ser tratado pelo Executivo.
Precisamos oficializar um ato de apoio a essas famílias, porque senão esse
projeto vai para o arquivo e é esquecido”, disse.
Diante da situação, o vereador
Dilemário Alencar (PROS) sugeriu que o projeto fosse transformado em uma
indicação assinada pelos 25 vereadores para que, junto com o prefeito Emanuel
Pinheiro, possam dar uma solução ao caso, dada a importância do assunto.
“Não podemos perder a
oportunidade de levar ao Executivo essa ideia de auxilio a essas famílias,
principalmente porque a marca do Emanuel Pinheiro nessa gestão é a
humanização”, afirmou.
Até o final do ano passado,
Cuiabá tinha 47 casos notificados da deficiência.
Aumento de casos – Até o final do
ano passado, a capital registrava 47 casos notificados de microcefalia,
conforme a Secretaria de Estado de Saúde. A cidade era a terceira com maior
número de registros de todo o Estado, perdendo apenas para Cáceres, com 58
casos, e Rondonópolis, com 109 casos.
Hoje, apenas as crianças com
microcefalia de famílias de baixa renda têm direito de receber do Governo
Federal um auxílio assistencial de um salário mínimo. O dinheiro destinado às
pessoas com essa deficiência está previsto no Benefício de Prestação Continuada.
Para ter direito, o responsável
deve comprovar a malformação da criança e que a renda mensal da família é de
menos de um quarto do salário mínimo por pessoa.
Fonte: GD
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