A atitude do jovem cantor
sertanejo de Mato Grosso em rebater com o samba enredo da escola Imperatriz
Leopoldinense com a gravação de um videoclipe com a música “Mastigando Água”
foi repercutida pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo
Maggi. A canção que traz na letra pontos como "Você por tantas vezes fala
mal de mim" e "Se o que te mata a fome foi eu que plantei" retruca
o samba enredo da escola carioca, que neste carnaval trouxe em sua letra
trechos como "o belo monstro rouba as terras dos seus filhos / devora as
matas e seca os rios / tanta riqueza que a cobiça destruiu".
O videclipe da música
"Mastigando Água" gravada pelo cantor sertanejo de Mato Grosso e
filho de produtor rural em Lucas do Rio Verde, Enrique Valcanaia, foi lançado
no dia 23 de fevereiro, como o Agro Olhar já comentou.
Em suas redes sociais no último
dia 27 de fevereiro, Blairo Maggi destacou querer em meio a época de carnaval,
onde se ouve samba e marchinhas, compartilhar a música de Valcanaia. O ministro
salientou que "A letra fala do trabalho no campo com práticas sustentáveis
e seguras, do empenho em zelar pela preservação do meio ambiente e ao mesmo
tempo da responsabilidade de produzir o alimento".
A publicação de Maggi no
Facebook, por exemplo, já teve mais de 330 curtidas e 179 compartilhamentos.
A música originalmente foi
gravada pela dupla sertaneja de sucesso Jorge e Mateus, em 2013. A canção
escrita por Caca Moraes, Joel Marques e Maracaí.
A reportagem do Agro Olhar, na
ocasião do lançamento do videoclipe gravado por Enrique Valcanaia, entrou
contanto com a assessoria de imprensa do cantor mato-grossense e por meio de
nota o músico externou ser "Inaceitável que a maior festa popular
brasileira, que tem a admiração e o respeito da nossa classe, seja palco para
um show de sensacionalismo e ataques infundados pela Escola Imperatriz
Leopoldinense. O setor produtivo e a sociedade não podem ficar calados diante a
essa injustiça. É preciso que o Brasil e os brasileiros não só enxerguem e
reconheçam a importância do nosso setor, como se orgulhem dessa nossa vocação
de alimentar o mundo".
Com polêmica ‘ala dos
agrotóxicos’ e carro de ‘Belo Monstro’, a Imperatriz Leopoldinense foi à
terceira escola a desfilar na Sapucaí na madrugada de segunda-feira, 27 de
fevereiro. A escola levou indígenas para a Sapucaí. O enredo da escola irritou
diversos setores do agronegócio.
“Xingu, o clamor que vem da
floresta" era o nome do samba-enredo, que foi puxado por Arthur Franco. A
ideia de levar os indígenas para a avenida foi do carnavalesco Cahê Rodrigues.
A escola de samba, como o Agro
Olhar também comentou, a quatro dias do carnaval chegou a anunciar a mudança do
nome da ala denominada “Os fazendeiros e seus agrotóxicos” para “O uso indevido
dos agrotóxicos”. A ala em questão foi a que mais causou impacto e revolta em
meio ao setor produtivo mato-grossense e brasileiro.
Confira o videoclipe:
Agro Olhar
Viviane Petroli
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