Base Dupla Serviços e Construções Civil Ltda. tem obras em municípios alvos da Operação Protheus
DA REDAÇÃO
- A empresa Base Dupla Serviços e Construções Civil Ltda., com sede em Cuiabá, pode ser uma das suspeitas de participação de esquema investigado pela Polícia Federal, por meio da Operação Protheus, deflagrada na manhã desta quinta-feira (19).
Ao RDNews, o prefeito de Tapurah, Luiz Umberto Eickhoff (PDT), disse que a obra do PAC 2 no município é tocada pela empresa, no valor de R$ 5 milhões. Segundo ele, a obra de esgoto sanitário foi iniciada em 2012 e será entregue no próximo mês.
- O prefeito disse que aguarda uma posição da Funasa para saber qual medida adotar, uma vez que ainda resta efetuar um pagamento de cerca de R$ 350 mil à empresa. Segundo o GEO Obras, do TCE-MT, a obra teve um aditamento de prazo de 1.038 dias.
- O site também informou que no município de União do Sul, a obra também é tocada pela empresa Base Dupla. Segundo o prefeito Ildo Ribeiro de Medeiros (PMDB), as obras de saneamento estão atrasadas há 2 anos e 80% concluídas.
- Ele disse que o atraso é por problemas burocráticos com a prefeitura, que quis mudar o projeto para contemplar outro assentamento na cidade. O custo da obra está na faixa dos R$ 3 milhões e a empresa estaria com atrasos de pagamento.
A operação
O objetivo da ação da PF é desarticular organização criminosa que há mais de dez anos desvia recursos públicos de municípios em Mato Grosso, através da prática de fraude a licitações, falsidade ideológica, superfaturamento de preços, corrupção ativa e passiva.
Estão sendo realizadas 19 buscas e apreensões e 16 conduções coercitivas em Cuiabá, Rondonópolis e em Cotriguaçu, além de Brasília (DF).
Segundo a PF, as fraudes consistem na constituição de pessoas jurídicas com pessoas interpostas (laranjas), a fim de possibilitar a apresentação de diversas propostas no processo licitatório, com o objetivo de simular competição que, na realidade, favorecia apenas as empresas ligadas de um mesmo grupo empresarial.
Segundo dados públicos do sistema Geo-Obras, disponíveis no portal do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, a principal empresa do grupo firmou 34 contratos públicos, totalizando R$ 122 milhões, sendo que apenas 9 foram concluídos e o restante já soma mais de 7 mil dias de atraso.
Foram colhidos indícios de que os expedientes fraudulentos utilizados pelo grupo intensificaram-se e foram concentrados em torno de obras de saneamento básico, especialmente aquelas financiadas pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde), em 2012, com recursos do PAC 2.
Dos R$ 83,8 milhões licitados em Mato Grosso somente em 2012, a organização sagrou-se vencedora em cinco prefeituras, tendo assinado contratos que ultrapassam R$ 22,3 milhões, tornando-se a principal empresa executora desse programa no Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.