2015/10/20

Após decisão judicial, garimpeiros começam a levantar acampamento da Serra do Caldeirão

garimpo/pontes e LACERDAPor: RAYANE ALVES / MAX AGUIAR


Depois que o juiz Francisco Antônio de Moura Junior determinou o fechamento do garimpo ilegal da Serra do Caldeirão, em Pontes e Lacerda (distante a 483 quilômetros da Capital), alguns garimpeiros
começaram a levantar acampamento já nesta segunda-feira (19). Os primeiros a sair são os curiosos, avaliam os policiais, tendo em vista que eles foram enganados por ganância e dinheiro fácil, mas quando chegaram ao local, perceberam que a situação era outra. "Uns achavam que era só chegar que o ouro brotava. Esses estão indo embora", disse um policial.

A medida do fechamento do garimpo é resultado da ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal em Cáceres. A decisão judicial assinada na sexta-feira (16) proíbe a entrada de combustíveis e determina a apreensão de todo ouro retirado da serra, além da apreensão dos equipamentos, ferramentas e maquinários usados na extração do metal precioso. 
André Romeu/HiperNotícias
garimpo/pontes e LACERDA
 Grupos chegavam de todo lugar atrás de um sonho que não veio

Inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ailton Antônio da Silva está à frente da conversa com os garimpeiros. Ele chegou ao local no domingo e já começou o trabalho de intermediação. Caso os garimpeiros não obedeçam a ordem de retirada, a força será usada. 

"Hoje é o primeiro dia últil depois da decisão do MPF. Porém os garimpeiros ainda não foram notificados, no entanto, as negociações já começaram. O processo será demorado, mas conversando com os trabalhadores identificamos que há uma certa boa vontade para retirada, porque sabem que existe uma decisão judicial que tem que ser cumprida", destacou o inspetor.

No primeiro diálogo com os garimpeiros, Ailton contou que procurou falar do lado negativo, caso algum deles tente dar continuidade na atividade da extração. Um dos pontos desfavoráveis seria colocar a vida das pessoas em risco, porque se houver uma chuva, o local pode desmoronar, as pessoas podem não conseguir descer com rapidez dos barrancos e acabar morrendo dentro dos buracos. 

ORGANIZAÇÃO DE SAÍDA
Três frentes de trabalho são executadas para acompanhar a retirada. A primeira delas é a notificação dos responsáveis, sendo eles as mineradoras Serra da Borda, Silvana e Santa Elina, proprietários da área Sebastião Azambuja e Celso Fante, além dos que trabalham na região. O não cumprimento implicam multas que variam entre R$ 1 mil e R$ 100 mil. 

A segunda etapa será somente se os garimpeiros demonstrarem resistência. Na intervenção, haverá disponível um planejamentol da força policial. 

A última envolve o Ministério Público Federal em Cáceres e a prefeitura do município. Os dois poderes estudam uma forma de atender as pessoas que estão no garimpo. A ação deverá envolver várias frentes de trabalho, entre elas a defesa civil e assistência social.

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