2015/01/23

Polícia investiga causas de incêndio em usina hidrelétrica de Mato Grosso

A suspeita é de que funcionários teriam ateado fogo em alojamento.
MPT foi até o local após denBarracão ficou destruído após incêndio (Foto: Polícia Civil de Paranaíta (MT))Barracão ficou destruído após incêndio (Foto: Polícia Civil de Paranaíta (MT))

Um incêndio que destruiu o barracão de alojamento da usina hidrelétrica São Manoel, em Paranaíta, a 849 km de Cuiabá, na divisa entre Mato Grosso e o Pará, na última quarta-feira (21), está sendo investigado pela Polícia Civil daquele município. O delegado Marcos César Farias Lira afirmou ter ido até o local nesta quinta-feira (22) para verificar a situação e colher as primeiras informações. Existe a suspeita de que o incêndio seria criminoso, de acordo com o delegado. No entanto, a suspeita ainda não foi confirmada.

Inclusive, o Ministério Público do Trabalho (MPT) foi acionado após denúncia de irregularidades trabalhistas. De acordo com o delegado, um boletim de ocorrência deve ser registrado pela empresa responsável pela construção da usina, a Constran.
Por meio de nota, a Constran informou que após o incêndio a empresa acionou a PM de Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá, e alegou que não houve protesto ou manifestação por parte dos trabalhadores da obra.
Não houve consenso sobre o que teria causado o incêndio. "Algumas pessoas disseram que seria criminoso, outras que seria um acidente", disse o delegado. Segundo ele, o material usado para o alojamento dos funcionários é altamente inflamável. No local, existe vários barracões e só um deles foi queimado.
O fogo foi controlado por alguns trabalhadores. Havia funcionários dentro do alojamento no momento do incêndio, mas todos conseguiram sair e ninguém se feriu.
A usina São Manoel está sendo construída no Rio Teles Pires com recursos do PAC 2, devendo custar mais de R$ 2 bilhões. A obra teve a licença suspensa no ano passado pela Justiça por suposto descumprimento das condições de redução do impacto do empreendimento. Nesta semana, a Justiça cancelou a liminar que impedia a licença de instalação e liberou a construção da usina.

De acordo com o Ministério Público, a construção da usina no rio Teles Pires atinge povos das etnias Kayabi, Munduruku e Apiaká, além de índios que vivem em isolamentoúncia de supostas irregularidades.

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