Reprodução/The Mirror |
A indiana Mangli Munda, 18, diz que espera ainda pelo seu príncipe encantado. Entretanto, para evitar que o moço acabe por bater a cabeça no meio-fio ou despenque para dentro de um poço, a moça precisa, primeiro, se ver livre de uma dose colossal de má sorte originada de uma maldição. Eis a receita do sábio de sua vila: casar-se primeiro com um cachorro, a fim de que a urucubaca seja transferida ao animal.
Longe de ser apenas uma cerimônia superficial, entretanto, a família da moça não poupou despesas para unir Munda ao cachorro Sheru. De fato, o animal ganhou até mesmo um carro com chofer para chegar ao local da festa com cerca de 70 convidados — onde também não faltou pompa e nem circunstância, como se diz.
Reprodução/The Mirror |
A medida “extrema” foi necessária para que a má sorte da moça não trouxesse a desgraça para o seu noivo e a destruição da sua comunidade. “Depois disso, o homem com quem eu me casar terá longa vida”, disse a moça ao britânico The Mirror, embora admita que não ficou feliz com a união. “Os sábios da vila nos disseram para organizar as bodas o mais rápido possível. Nós tínhamos que assegurar que o feitiço maligno seria destruído.”
Procedimento-padrão
O pai da moça, Sri Amnmunda, concordou com o procedimento particularmente oneroso imposto pelos sábios. “Casá-la com um cão foi a única forma de livrá-la da má sorte”, disse ele ao referido site. De fato, foi o próprio Amnmunda que encontrou o “noivo” (não se sabe se vacinado ou não, entretanto).
“Nós precisamos gastar dinheiro com essas bodas, da mesma forma que faríamos em um casamento normal”, disse Amnmunda. “Mas é a única forma de garantirmos que ela ficará livre da má sorte e o bem da vila.”
Reprodução/The Mirror |
Talvez o mais curioso, entretanto, seja o fato de que não se trata de um caso isolado. Trata-se, basicamente, de um procedimento-padrão para quebrar as maldições. “Muitos casamentos como esse ocorreram na nossa vila ou em vilas próximas”, disse o pai da noiva. “É um costume em que nós acreditamos exaustivamente.”
Um casamento convencional em vista
Entretanto, os moradores garantem que o casamento sui generis não afetará a vida futura de Mangli, já que ela poderá se casar com um noivo humano após alguns meses — sem a necessidade de se divorciar de Sheru.
“Os aldeões dizem que muitas garotas como eu seguiram esse ritual, livraram-se dos feitiços maus e hoje têm vidas felizes”, consola-se a moça. “Eu também quero ficar livre para me casar com o homem dos meus sonhos assim que o feitiço for desfeito. É o sonho de toda a garota, o de se casar com um belo príncipe. Eu também estou esperando pelo meu príncipe”, ela conclui, esperançosa.
FONTE(S): The Mirror/Megacurioso
Por: Carlos Eduardo Ferreira/Megacurioso
IMAGENS: Reprodução/The Mirror
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.