2014/03/14

Policiais já estão na área da Suiá Missú e nova Desintrusão pode acontecer a qualquer momento

Polícia não descarta prisões de ex produtores que estão na área da Suiá Missú que foi reconhecida como Reserva Indígen


Policiais estiveram na área da Suiá Missú nesta quinta-feira e ação para retirar ex produtores pode
Foto por: Agência da Notícia  
Os ex-produtores da Suiá Missú que estão de volta na área podem ser expulsos a qualquer momento pela Polícia que já está na área, aguardando ordem para cumprir  decisão judicial da 1ª Vara da Justiça Federal de MT emitida no último dia 28, determinando a retirada de todos os não índios da reserva.
O delegado Marcelo Xavier, Chefe da Polícia Federal em Barra do Garças informou que só aguarda o momento para colocar as equipes para agir numa desocupação forçada.
Nesta quinta-feira (13), policiais estiveram na região e chegaram a conversar com os ex-produtores, eles teriam pedido para que eles deixassem o local, impedindo assim uma ação policial.
Os ex produtores dizem resistir já que de acordo com eles, a volta para Suiá Missú, foi justamente porque o Governo não cumpriu com o que prometeu e muitos estariam em situação de desespero. “O Governo não assentou ninguém, nós queremos nossa terra de volta, somos produtores e não marginais”, disse o Presidente da APROSUM – Associação dos Produtores da Suiá Missú.
Segundo o delegado, durante a ação policial será decretado o perdimento de todos os bens que porventura permanecerem na reserva, daí a orientação de saída voluntária. Porém, ele alertou que a tolerância ao descumprimento da decisão judicial já se esgotou e que, por isso, a qualquer instante as forças policias estão preparadas para deixar o regime de monitoramento e entrar nos 165 mil hectares da reserva de forma ostensiva.
Segundo Xavier, entretanto, a realidade na reserva é diferente. Ele confirmou a reconstrução das casas, mas afirmou que tratam-se de estruturas bastante precárias, como barracos de lona e palha. Algumas das cerca de dez construções abandonadas dentro da terra indígena desde a desintrusão estariam sendo reaproveitadas.
O delegado também garante que não há cerca de 400 famílias de volta a área como foi divulgado, ele alega que esse número seria informado pelos produtores para incentivar a volta de outras famílias.
Os responsáveis apontados pelo delegado seriam “agitadores” que podem vir a responder por incitação ao crime, formação de quadrilha, desobediência a decisão judicial, invasão de terra pública, crime ambiental e até por incêndio - devido à destruição de um prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) na área.
“As pessoas estão sendo ludibriadas com isso. São pessoas instruídas que estão usando a população carente como massa de manobra para retornar para a área”, declarou o delegado.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.

Featured post