A
Polícia Civil de Goiás confirmou nesta quinta-feira que a delegada
Laura de Castro Teixeira, que passou recentemente por uma cirurgia de
mudança de sexo, mostrou interesse de atuar na Delegacia Especializada
de Atendimento à Mulher (Deam), em Goiânia, após retornar de licença
médica.
Segundo o delegado adjunto Daniel Felipe Adorni, da Diretoria da Polícia Civil de Goiás após remanejamento de pessoal, há vagas no plantão da delegacia da Mulher. A delegada, que conseguiu na Justiça mudar seu nome de Thiago para Laura, pediu a licença há poucos meses, para se submeter ao procedimento. A Polícia Civil, porém não informou a data exata da operação.
O delegado desmentiu, porém, que Laura seria efetivada como delegada titular, como chegou a ser divulgado na imprensa. "Essa informação é errônea, a nossa titular é a delegada Ana Elisa (Gomes), uma servidora excepcional, e que também quer contar com a doutora Laura na sua equipe”, disse. "Estamos oferecendo vagas a vários servidores, dentre eles a doutora Laura. Ela manifestou interesse de ir para o plantão e assim que ela tiver condições – ela está resolvendo problemas burocráticos – nós poderemos contar com esta servidora na Deam", disse.
Segundo o delegado, as mudanças de sexo e de nome da delegada não alteram seu vínculo com a Polícia Civil. "A mudança é de foro de registro civil, isso é determinado por lei. Ela já entrou com os trâmites. Para nós, ela é uma delegada constituída, uma servidora que teve na Polícia Civil uma vida de honradez, lisura, competência. A gente acredita quer não há nenhum motivo que vá mudar essa situação a partir de agora", afirmou, assegurando que a polícia goiana vê o caso e sua repercussão com "naturalidade". "Isso para nós não é problema. A gente entende isso como um ato de coragem. Para nós da Polícia Civil, problema é policial corrupto, truculento, omisso", declarou.
Antes da operação, Laura de Castro, 33 anos, atuou no cargo de delegado em municípios próximos a Goiânia, Trindade e Senador Canedo. Era discreta, usava roupas masculinas. Por isso, com a divulgação do assunto em um jornal local em Goiânia, a mudança pegou muitos colegas de surpresa. Na assessoria de imprensa da Polícia Civil, a informação é de que a delegada ainda se recupera da cirurgia e está avaliando se falará publicamente sobre a mudança em sua vida pessoal.
"Há pouco mais de um ano a doutora Laura informou o chefe imediato. Ela foi absolutamente transparente", disse o delegado, revelando como a Polícia Civil soube o processo que culminou na mudança de sexo da delegada. "A administração entendeu a sua situação, nós oferecemos o serviço de psicologia e assistência social da polícia para ela tratar desta questão com a família e com ela mesma", afirmou, reafirmando que a instituição acompanhou tudo, informada pela própria delegada da evolução de seu tratamento. "A todo o momento a gente se manifestou em apoio a essa decisão de caráter absolutamente pessoal, de foro íntimo da servidora."
Laura, porém, já se transformou – pelo ineditismo do seu caso - em exemplo de luta contra o preconceito. Chyntia Barcellos, vice-presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e presidente da Comissão de Direito Homoafetivo da Seção de Goiás da OAB, vê motivos para se comemorar a novidade na Polícia Civil. "Sinto uma alegria imensa de poder presenciar esses avanços, especialmente por ser na minha cidade, Goiânia, e em um momento em que notícias e mortes homofóbicas têm se sobressaído", disse.
Segundo o delegado adjunto Daniel Felipe Adorni, da Diretoria da Polícia Civil de Goiás após remanejamento de pessoal, há vagas no plantão da delegacia da Mulher. A delegada, que conseguiu na Justiça mudar seu nome de Thiago para Laura, pediu a licença há poucos meses, para se submeter ao procedimento. A Polícia Civil, porém não informou a data exata da operação.
O delegado desmentiu, porém, que Laura seria efetivada como delegada titular, como chegou a ser divulgado na imprensa. "Essa informação é errônea, a nossa titular é a delegada Ana Elisa (Gomes), uma servidora excepcional, e que também quer contar com a doutora Laura na sua equipe”, disse. "Estamos oferecendo vagas a vários servidores, dentre eles a doutora Laura. Ela manifestou interesse de ir para o plantão e assim que ela tiver condições – ela está resolvendo problemas burocráticos – nós poderemos contar com esta servidora na Deam", disse.
Segundo o delegado, as mudanças de sexo e de nome da delegada não alteram seu vínculo com a Polícia Civil. "A mudança é de foro de registro civil, isso é determinado por lei. Ela já entrou com os trâmites. Para nós, ela é uma delegada constituída, uma servidora que teve na Polícia Civil uma vida de honradez, lisura, competência. A gente acredita quer não há nenhum motivo que vá mudar essa situação a partir de agora", afirmou, assegurando que a polícia goiana vê o caso e sua repercussão com "naturalidade". "Isso para nós não é problema. A gente entende isso como um ato de coragem. Para nós da Polícia Civil, problema é policial corrupto, truculento, omisso", declarou.
Antes da operação, Laura de Castro, 33 anos, atuou no cargo de delegado em municípios próximos a Goiânia, Trindade e Senador Canedo. Era discreta, usava roupas masculinas. Por isso, com a divulgação do assunto em um jornal local em Goiânia, a mudança pegou muitos colegas de surpresa. Na assessoria de imprensa da Polícia Civil, a informação é de que a delegada ainda se recupera da cirurgia e está avaliando se falará publicamente sobre a mudança em sua vida pessoal.
"Há pouco mais de um ano a doutora Laura informou o chefe imediato. Ela foi absolutamente transparente", disse o delegado, revelando como a Polícia Civil soube o processo que culminou na mudança de sexo da delegada. "A administração entendeu a sua situação, nós oferecemos o serviço de psicologia e assistência social da polícia para ela tratar desta questão com a família e com ela mesma", afirmou, reafirmando que a instituição acompanhou tudo, informada pela própria delegada da evolução de seu tratamento. "A todo o momento a gente se manifestou em apoio a essa decisão de caráter absolutamente pessoal, de foro íntimo da servidora."
Laura, porém, já se transformou – pelo ineditismo do seu caso - em exemplo de luta contra o preconceito. Chyntia Barcellos, vice-presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e presidente da Comissão de Direito Homoafetivo da Seção de Goiás da OAB, vê motivos para se comemorar a novidade na Polícia Civil. "Sinto uma alegria imensa de poder presenciar esses avanços, especialmente por ser na minha cidade, Goiânia, e em um momento em que notícias e mortes homofóbicas têm se sobressaído", disse.
Fonte: Terra
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